“O crescimento económico de 7,3 por cento (%) não é apenas um número brilhante a ser exibido em relatórios”, afirmou o eleito nas listas do Movimento para a Democracia, acrescentando que é uma prova de como uma “economia resiliente pode ultrapassar os desafios de um contexto global adverso”, nomeadamente “instabilidade geopolítica, pressões inflacionistas e volatilidade nos preços das matérias-primas”.
Euclides Silva fez essas considerações durante a declaração política que apresentou em nome da sua bancada parlamentar.
Para o MpD, Cabo Verde demonstrou que, mesmo sendo uma pequena economia insular, “sabe crescer com audácia e resiliência”.
Referindo-se a 1,2 milhões de hóspedes recebidos em 2024, o deputado afirmou que o turismo tem contribuído para receitas e criação de empregos e que este sector “é o espelho de um governo que sabe valorizar e alavancar os seus recursos”.
“No comércio externo, também tivemos progressos concretos”, indicou o parlamentar, citando o Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica que as exportações aumentaram 40,7% em relação a 2023.
As reexportações, acrescentou, tiveram um acréscimo de 22,1%, e as importações cresceram apenas 2%, “o que demonstra um maior equilíbrio da balança comercial, e reflecte uma melhoria no consumo interno e na capacidade produtiva nacional”.
Para o deputado, no mundo do trabalho e rendimento, o Governo tem sido uma “força transformadora”.
Reagindo às declarações do MpD, o deputado da UCID, António Monteiro, estranhou o facto de os parlamentares “ventoinhas” se orgulharem do crescimento de 7,3%.
“O crescimento de 7,3% não deveria ser motivo de muita algazarra, porque, em 2016, o MpD prometeu um crescimento médio de sete por cento e o que temos é um crescimento médio de 3,8%”, apontou António Monteiro.
Na perspectiva do deputado democrata-cristão, o referido crescimento “não está a chegar às pessoas mais pobres” de Cabo Verde.
Pelo mesmo diapasão alinhou o deputado do PAICV, António Fernandes, dizendo que o crescimento económico apresentado pelo MpD “não é sentido pela generalidade da população cabo-verdiana”.