MpD acusa PAICV de campanha suja nas redes sociais

PorSheilla Ribeiro,14 jul 2025 12:14

O MpD acusou hoje o PAICV de estar a promover uma estratégia organizada de desinformação e ataques à democracia cabo-verdiana, através das redes sociais e da comunicação social, com vista à conquista do poder a qualquer custo. Entretanto, o partido afirma que ainda não decidiu sobre a apresentação de uma eventual queixa.

Acusação feita durante uma conferência de imprensa, na sede do partido.

O secretário-geral apresentou o que diz ser um documento do PAICV com instruções aos seus militantes e activistas para desencadearem uma campanha de “ataques sistemáticos”, recorrendo à disseminação de notícias falsas, intimidações nas redes sociais e campanhas de descredibilização de adversários.

“Trata-se de atitudes e posicionamentos que configuram um cenário de ataques sistemáticos à democracia cabo-verdiana, através dos órgãos de comunicação social e das redes sociais, com tentativas de condicionamento da acção dos jornalistas e das direcções de informação dos órgãos, e montagem de planos de aniquilação de adversários”, afirmou.

Conforme o dirigente do MpD, o documento em causa, que tem circulado publicamente, contém orientações específicas para desacreditar o Governo, nomeadamente por meio de comentários depreciativos, ataques pessoais e disseminação de suspeições sobre o uso de dinheiros públicos.

“É um verdadeiro manual de guerra suja”, considerou.

Questionado sobre a autenticidade do documento e se esta estava confirmada, Agostinho Lopes afirmou que não tem de garantir nada e que cabe a quem estiver interessado buscar por outros meios certificar-se da veracidade do documento.

“Eu sei, tenho a certeza de que o documento é verdadeiro e tenho a certeza da origem do documento”, assegurou, no entanto.

O MpD não avançou com qualquer acção formal junto das autoridades.

“Não temos que prestar nenhuma queixa nem ao Ministério Público, nem à CNE. Nós constatamos uma prática de um partido que pretende, através de manobras pouco democráticas e acções de duvidosa constitucionalidade, fazer um combate político sujo”, declarou.

Confrontado com a insistência dos jornalistas sobre se o partido iria ou não apresentar queixa, Agostinho Lopes apontou que é uma questão a ser analisada.

“Primeiro teria de saber queixar de quem? Com que objetivos? Com que eficácia? Essa é uma questão que temos de analisar”, argumentou.

O secretário-geral do MpD frisou que, acima de tudo, o partido considera esta prática uma ameaça séria à democracia construída em Cabo Verde desde 1991.

“O que está em causa não é simplesmente ganhar ou perder eleições; é preciso proteger o projecto colectivo de Cabo Verde enquanto democracia consolidada e respeitada no cenário internacional. Não vale tudo”, alertou.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,14 jul 2025 12:14

Editado porSara Almeida  em  16 jul 2025 9:19

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