No balanço do ano, Damião Medina, em representação do partido no poder, destaca 2025 como um período de consolidação de várias políticas do Governo.
“O ano de 2025 é de consolidação da economia do país. Uma economia que encontrámos a crescer 1% conseguimos colocá-la a crescer 6% e, se não fosse a Covid-19, estaria numa trajectória bem mais avançada. Também foi um ano de consolidação da nossa dívida pública – uma dívida controlada, que encontrámos, em termos percentuais do PIB, muito elevada e que, neste momento, está à volta de 100%, devendo, no ano de 2026, atingir 97% do PIB. Foi igualmente um ano de continuidade das políticas sociais do Governo”, afirma.
Damião Medina olha para 2025 como um ano de consolidação na redução do desemprego, de inflação controlada, de reforço da inclusão produtiva e de apoio a cerca de 46 mil famílias através do rendimento social de inclusão.
Leitura diferente tem o PAICV. Adilson Graça Jesus acusa o MpD de olhar apenas para os números e não para as pessoas, e critica as políticas implementadas nos transportes e na energia.
“Há um problema em Cabo Verde: nós gostamos de olhar para os números, mas não olhamos para as pessoas. Foi um ano difícil a nível de vários setores, nomeadamente dos transportes. Digo que é a consolidação da má política e da má governação. Desde o Governo, que prometeu mundos e fundos na área dos transportes, mas não cumpriu nada. A nível da energia, parece que já encontraram os parafusos da Electra na Praia. Depois de muito tempo, passámos a ter apagões aqui em São Vicente também, apagões na Ilha do Sal, apagões na Ilha de Santiago, apagões na Ilha de Santo Antão e apagões na Ilha do Fogo. No sector da saúde, ainda temos fragilidades tremendas que não foram resolvidas. Não creio que o ano tenha sido bom”, entende.
A UCID acusa o Governo de incapacidade na gestão de várias situações, incluindo os impactos das tempestades. António Monteiro critica ainda os transportes, a gestão da energia e a tensão em setores profissionais, apontando o contrassenso de o PIB crescer enquanto a pobreza aumenta.
“Porque nós entendemos que, enquanto arquipélago, a nossa autoestrada é o mar. E não temos outra saída senão fazer uma aposta séria e tecnicamente eficaz para ligarmos as ilhas. E aqui o Governo do MpD falhou redondamente. Temos ilhas que, infelizmente, estão com graves problemas porque o Governo do MpD foi incompetente em satisfazer aquilo que as pessoas esperam nas ilhas. Mas é preciso dizer uma coisa muito clara: fazemos grande alarido de que a economia está a crescer - e é facto que está a crescer. Portanto, o país cresce, o que é um facto, mas, ao mesmo tempo que o país cresce – o país de rendimento médio alto, estamos a aumentar o número de pobres neste país”, refere.
Os partidos com assento parlamentar divergem na avaliação do ano de 2025, que está a chegar ao fim.
homepage









