“Considerando que a República de Cabo Verde e a República da Guiné-Bissau estão ligadas por laços históricos e partilham o mesmo projecto de emancipação iniciado por Amílcar Cabral, é nosso firme propósito enfatizar a necessidade da preservação dos princípios democráticos, no qual deve imperar o primado da lei, no qual assenta o Estado de Direito, e que permite a contínua alternância pacífica de poder, sempre legitimados pelo voto popular, como valores inalienáveis das nossas nações”, disse.
O PAICV condenou o golpe de Estado perpetrado na República da Guiné-Bissau, no dia 26 de Novembro de 2025 e apontou que o mesmo constitui uma “grave” violação da ordem constitucional e um retrocesso inadmissível na consolidação democrática.
“Encontram-se detidos dirigentes políticos que participaram no pleito eleitoral, dentre os quais o Presidente da Assembleia Nacional da República da Guiné-Bissau, o Engenheiro Domingos Simões Pereira. O PAICV expressa toda a sua solidariedade para com o povo guinense e, em particular para com todos os democratas, forças políticas e sociedade civil, que lutam incansavelmente para a reposição da legalidade democrática”, afirmou.
O partido espera a imediata reposição da ordem constitucional, o restabelecimento das instituições democraticamente eleitas e a retoma do processo eleitoral interrompido.
“Requer a libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos, com especial destaque para o Engenheiro Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC e Presidente da Assembleia Nacional Eleito, bem como de todos os demais dirigentes detidos em virtude do golpe de Estado ocorrido”.
Clóvis Silva apelou ainda a todas as comunidades dos países aos quais a Guiné-Bissau pertence, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a União Africana, a CEDEAO, bem como a União Europeia e a comunidade internacional em geral, que adoptem todas as medidas diplomáticas e políticas necessárias, tendo em vista o rápido restabelecimento da democracia na Guiné-Bissau.
“E por fim, manifesta a total disponibilidade para contribuir para o diálogo a nível nacional e internacional que permita o urgente restabelecimento à normalidade constitucional da República da Guiné-Bissau”, concluiu.
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