PAICV condena golpe na Guiné-Bissau e pede libertação imediata de Domingos Simões Pereira

PorSheilla Ribeiro,10 dez 2025 11:15

O líder parlamentar do PAICV, Clóvis Silva, apresentou hoje no parlamento um voto de condenação ao golpe de Estado na Guiné-Bissau, apelando à reposição imediata da ordem democrática e à libertação dos dirigentes detidos, com destaque para Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e presidente eleito da Assembleia Nacional.

“Considerando que a República de Cabo Verde e a República da Guiné-Bissau estão ligadas por laços históricos e partilham o mesmo projecto de emancipação iniciado por Amílcar Cabral, é nosso firme propósito enfatizar a necessidade da preservação dos princípios democráticos, no qual deve imperar o primado da lei, no qual assenta o Estado de Direito, e que permite a contínua alternância pacífica de poder, sempre legitimados pelo voto popular, como valores inalienáveis das nossas nações”, disse.

O PAICV condenou o golpe de Estado perpetrado na República da Guiné-Bissau, no dia 26 de Novembro de 2025 e apontou que o mesmo constitui uma “grave” violação da ordem constitucional e um retrocesso inadmissível na consolidação democrática.

“Encontram-se detidos dirigentes políticos que participaram no pleito eleitoral, dentre os quais o Presidente da Assembleia Nacional da República da Guiné-Bissau, o Engenheiro Domingos Simões Pereira. O PAICV expressa toda a sua solidariedade para com o povo guinense e, em particular para com todos os democratas, forças políticas e sociedade civil, que lutam incansavelmente para a reposição da legalidade democrática”, afirmou.

O partido espera a imediata reposição da ordem constitucional, o restabelecimento das instituições democraticamente eleitas e a retoma do processo eleitoral interrompido.

“Requer a libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos, com especial destaque para o Engenheiro Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC e Presidente da Assembleia Nacional Eleito, bem como de todos os demais dirigentes detidos em virtude do golpe de Estado ocorrido”.

Clóvis Silva apelou ainda a todas as comunidades dos países aos quais a Guiné-Bissau pertence, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a União Africana, a CEDEAO, bem como a União Europeia e a comunidade internacional em geral, que adoptem todas as medidas diplomáticas e políticas necessárias, tendo em vista o rápido restabelecimento da democracia na Guiné-Bissau.

“E por fim, manifesta a total disponibilidade para contribuir para o diálogo a nível nacional e internacional que permita o urgente restabelecimento à normalidade constitucional da República da Guiné-Bissau”, concluiu.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,10 dez 2025 11:15

Editado porSara Almeida  em  11 dez 2025 17:19

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