O edil praiense devia ser ouvido na sequência das recentes buscas realizadas pelo Ministério Pública à Câmara Municipal da Praia, mas, conforme apurou a Inforpress, pediu o adiamento, justificando que já tinha assumido um “compromisso” no exterior.
Na Procuradoria Geral da República, a Inforpress tentou saber se a audição foi efectivamente adiada, mas uma fonte contactada escusou-se confirmar, alegando que o processo “está sob segredo de justiça”.
Entretanto, a Inforpress sabe que os vereadores Jorge Garcia e Kyrha Varela, respectivamente responsáveis pelo pelouro da Cultura e Urbanismo, Planeamento Territorial, Infraestruturas e Gestão de Espaços Públicos da Câmara da Praia, vão ser ouvidos esta terça-feira, 23, na PGR.
A direcção Financeira e Patrimonial da Câmara Municipal da Praia, na Fazenda, foi na passada sexta feira, 12, alvo de buscas pelo Ministério Público, visando a apreensão de documentos, dinheiro e objectos que sirvam à prova no âmbito de denúncias de “ilegalidades e corrupção”.
A busca aconteceu na sequência do auto de instrução nº 27/2023/2024, que foi aberto pela Procuradoria-geral da República, em 2024, contra a Câmara Municipal da Praia por causa das denúncias de “ilegalidades e crimes de corrupção” feitas pelo inspector de Finanças Renato Fernandes.
Posteriormente, o procurador da República, que acompanhou o processo de buscas na Direcção Financeira e Patrimonial, na Fazenda, deslocou-se aos Paços do Concelho, encontrando as portas fechadas, ordenou o seu arrombamento à marretada.
O autarca praiense defendeu que a actuação da PGR contrariou a decisão judicial, alegando que o mandado dizia respeito exclusivamente à Direcção Financeira e Patrimonial.
Francisco Carvalho considera que a câmara da Praia está a ser alvo de um “ataque político”, alegadamente promovido pelo MpD, partido no poder, recorrendo à actuação da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Nacional.
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