Artigos sobre MFA

O fim do 25 de Abril em Cabo Verde (III parte)
Dia 19 de Dezembro de 1974, há 50 anos, era assinado o Acordo de Lisboa. Antes, depois de Abril, a neutralização e a repressão políticas dos adversários do PAIGC, no arquipélago, ocorrem por iniciativa do partido e de populares mobilizados pelo mesmo. Repressão que contou com a conivência política e táctica e o apoio logístico do Movimento das Forças Armadas. É o MFA em Cabo Verde, que assume a responsabilidade política e a direcção operacional da prisão dos adversários políticos do PAIGC e que pressiona Lisboa para que o processo de entrega de poder seja acelerado.

DizCorrendo: O 25 de Abril que nunca aconteceu
O 25 de Abril, pelos valores que propugnava, nunca aconteceu em Cabo Verde, no sentido em que foi uma fraude, muito por culpa dos militares portugueses (Delegação do Movimento das Forças Armadas, MFA, e das Forças Armadas Portuguesas, FAP) aqui estacionados –com “a total identificação por parte dos militares com os ideais de luta do PAIGC” – e pelo projecto de poder trazido pelo grupo que veio de Conacri, com áurea de combatente e de libertador.

50 anos após 25 de Abril: Responsabilidades por assumir
Amanhã dia 25 de Abril completam-se cinquenta anos sobre o golpe militar em Portugal que pôs fim à ditadura salazarista que vigorou durante 48 anos. Na sua origem estaria a constatação de que a defesa do último império colonial se tinha tornado insustentável com a guerra a pesar na economia, com a pressão internacional e com tensões nas forças armadas.
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