​Transinsular garante início das operações no prazo estabelecido

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,29 mar 2019 19:52

Os prazos no Contrato de Concessão do Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Carga vão ser cumpridos e a operação começará em Agosto. Garantia deixada hoje por Gonçalo Delgado, da Transinsular.

O responsável da Transinsular falava ao final da tarde desta sexta-feira, em São Vicente, durante a assinatura de uma adenda ao acordo de compromisso entre o executivo e os armadores, assinado a 18 de Fevereiro.

O próximo passo é a criação formal da empresa Cabo Verde Inter-ilhas, o que deve acontecer na próxima semana, e a realização do capital social.

“Os prazos serão cumpridos, havendo algum compromisso em tentar antecipar em relação ao prazo de seis meses previstos. Em conjunto com os armadores e operadores vamos encontrar a solução mais adequada para que se assegure que a operação não terá qualquer interrupção e que se comece tão rápido quanto possível a optimiza-la”, garante.

Os navios e as linhas a serem operados numa primeira fase serão decididos numa reunião entre os intervenientes do processo.

Participação social dos armadores na Cabo Verde Inter-ilhas aumenta

Entretanto, a forma de participação dos armadores nacionais no capital social da futura empresa concessionária dos transportes marítimos, Cabo Verde Inter-ilhas foi alterada. Esta é uma das mudanças constantes da adenda ao acordo de compromisso entre o executivo e os armadores, assinado a 18 de Fevereiro.

De acordo com o documento, assinado na tarde desta sexta-feira, em São Vicente, a Polaris passa a deter 9,68% do capital da nova empresa, o equivalente a 4.840 contos. José Spencer, José Augusto Lima, UTM – União dos Transportes Marítimos, Jo santos e David, Oceanmade, Adriano Lima e Bin Line ficam com 4,84% (2.420 contos) cada um. Já os armadores Diallo e macedo e Luzimar contam, cada um, com 2,27% (1.360 contos) do capital social. A participação desses armadores traduz-se num total de 24.500 contos.

Tal como já se sabia, em caso de incapacidade de realização do capital social, o Estado de Cabo Verde assume a referida realização por conta do accionista em causa. Em contrapartida, o beneficiário penhorará as suas acções a favor do Estado, mediante um acordo de pagamento em prestações.

Ficou também estabelecido, na adenda, que o pessoal afecto às empresas armadoras será integrado na Cabo verde Inter-ilhas ou indemnizado, caso não tenha lugar na nova estrutura.

“Mais do que números queremos é garantir que os funcionários e os colaboradores das empresas existentes tenham a segurança de que irão, ou continuar a ter trabalho ou os direitos deles salvaguardados”, explica.

Os barcos que não forem enquadrados na empresa poderão ser vendidos ou abatidos.

Do lado dos armadores, o representante Luís Viúla diz que as alterações ao documento trazem melhor enquadramento da classe, esperando agora que haja uma melhoria na qualidade do transporte marítimo.

“Já chegámos na fase final da parte burocrática e o espírito de toda essa negociação teve como base uma confiança mútua entre o Governo e os armadores. Esperamos que tudo isso seja posto na prática da melhor forma possível, a bem do Governo, com uma melhoria da qualidade do transporte marítimo entre as ilhas”, diz.

Além dos 51% detidos pela Transinsular, o capital da empresa concessionária, Cabo Verde Inter-ilhas, será formado, em 49%, por armadores nacionais. Trata-se de uma concessão para 20 anos, renovável. A operação deverá começar em Agosto.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,29 mar 2019 19:52

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  25 dez 2019 23:21

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