Desemprego em São Vicente “sem solução à vista” - PAICV

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,4 abr 2019 11:42

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Manuel Inocêncio Sousa
Manuel Inocêncio Sousa(PAICV)

​O deputado Manuel Inocêncio Sousa, do PAICV, considera que o desemprego na ilha “continua a aumentar sem solução à vista”, com perda de 2.740 empregos, em 2018.

O eleito do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, por São Vicente, falava em conferência de imprensa no final de um conjunto de visitas dos deputados.

Inocêncio Sousa avança que, para além da diminuição da população empregada, o Centro de Emprego e Formação Profissional de São Vicente, nos meses de Janeiro e Fevereiro, registou 104 pedidos de subsídio de desemprego, pelo que, sintetizou, a criação dos estágios profissionais “não é a medida milagrosa” para o desemprego jovem.

Dados avançados pelo parlamentar indicam que dos 5.000 estágios profissionais anunciados pelo Governo, cerca de 800 estão previstos para São Vicente.

“A realidade é que o Centro de Emprego e Formação Profissional na ilha só conseguiu até agora inserir em estágio 15 jovens em Janeiro e 11 em Fevereiro”, concretiza.

Desemprego mantém-se nos 12,2%

Sem alterações em relação ao ano anterior. Taxa de desemprego mantém o mesmo valor de 2017 sendo maior entre os jovens 15-24 anos (27,8%). O Instituto Nacional de Estatística registou, em 2018, uma diminuição da população empregada em Cabo Verde.

Do encontro tido com o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, o deputado da oposição disse que recebeu a informação de que estão previstos três projectos de hotelaria privados para ilha, na Avenida Marginal e na Laginha, mas “sem dimensão suficiente” para “alavancar o desenvolvimento turístico”.

Manuel Inocêncio Sousa lembra o projecto de um resort em Salamansa, cuja convecção de estabelecimento foi rubricada em Dezembro de 2017, e que deveria gerar 700 postos de trabalho, mas do qual “nunca mais se ouviu falar”.

“Entretanto, o Governo, desde Maio de 2017, continua a acenar os sanvicentinos com a miragem da Zona Económica Especial Marítima, que não ata nem desata”, afirma

Ainda no sector económico, o PAICV reafirma que a escolha feita pelo Governo na concessão dos transportes marítimos inter-ilhas vai significar “a morte de uma meia dúzia de empresas armadoras” com base em São Vicente, o que significa a “perda de cerca de 300 postos de trabalho” nos próximos meses.

“Com todas essas dificuldades, o Governo mantém-se insensível à solução dos problemas do transporte aéreo doméstico e internacional que está a penalizar a economia da ilha e a criar dificuldades acrescidas aos empresários e aos cidadãos” enfatiza.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,4 abr 2019 11:42

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  2 jan 2020 23:21

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