José Gonçalves falou em concreto sobre a TACV (Cabo Verde Airlines), para recordar que esta será brevemente privatizada e que, a partir daí, poderá tomar as decisões que entender, nomeadamente, ao nível salarial.
"Cabo Verde opera num quadro de muita limitação, dada a nossa dívida pública. O governo já fez alguns gesto em termos de ajustar alguns aspectos salariais (...) A grande dificuldade que temos é a limitação de recursos. A aviação civil opera num quadro de empresas privadas. [A Cabo Verde Airlines], ao ser privatizada, no mínimo 51%, na primeira fase, vai tomar as decisões que entender em termos de ajustes e comportamento salarial", explica.
O novo presidente do conselho de administração da Agência de Aviação civil (AAC), Abrão Santos Lima, diz que o transporte aéreo é um dos vectores do desenvolvimento de Cabo Verde.
"Afinal, todos aqui presentes, também acreditamos na autonomia das agências reguladoras, também temos a firme convicção de que as políticas sectoriais devem atender, tanto às regras do negócio, especificidade, realidade do mercado, como também às necessidades e anseios da população", avança.
Abrão Santos Lima termina, recordando que a AAC tem uma preciosa bagagem técnica operacional e preocupa-se de forma transversal com o negócio aéreo, nomeadamente segurança aérea e direito dos consumidores.
Santos Lima, sucede a João Monteiro que cessa as funções, depois de um mandato de cinco anos.