Zaida Morais de Freitas recorda que persistem casos de pessoas que não têm acesso à rede de água, entre outras fragilidades.
"Isto pode comprometer obviamente a saúde das pessoas. Falamos muitas vezes de jovens até qualificados, com licenciatura, que ainda não conseguiram a sua integração no mercado de trabalho, falamos da situação das crianças vitimas de abuso sexual. O país tem sido confrontado com a situação das crianças que desapareceram, ainda não tivemos um posicionamento efectivo", exemplifica.
Para a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas, Ana Patrícia Graça, Cabo Verde deve trabalhar toda a área que tem a ver com a inclusão e a redução das desigualdades.
"A face da pobreza é maioritariamente feminina e as medidas que estão a ser tomadas ao nível da implementação do sistema de cadastro universal, ao nível da protecção social, os sectores da saúde, sectores da educação, da pequena infância, as áreas que se centrem efectivamente nos grupos que são identificados como os grupos mais vulneráveis, em particular as mulheres e as crianças, são seguramente áreas que há muito trabalho para se continuar a fazer", afirma.
O Seminário Internacional sobre a Implementação das Convenções Internacionais de Direitos Humanos tem como objectivo promover uma reflexão abrangente sobre o estado de implementação das convenções ratificadas por Cabo Verde, no que se refere aos ganhos e aos desafios. A cerimónia de abertura foi presidida pelo Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos. O evento decorre até terça-feira, na capital do país.