Rui Semedo, ao falar em jeito de balanço das jornadas parlamentares, diz que existe uma contradição e que não sabe como é que o governo poderá explicar o aumento de despesas em alguns sectores.
"Por exemplo quando vemos a questão dos honorários que vinha do orçamento do ano passado de cento e tal mil contos, passa imediatamente para trezentos e tal mil contos, e nós não sabemos porque razão, porque não esta explicado de forma clara. Há também a questão de assistência técnica a residentes que passa de cento e cinquenta e tal mil contos para um milhão e quatrocentos e tal mil contos, portanto, também aqui o governo devera explicar aos cabo-verdianos as causas desse aumento extraordinário ", avança
A questão das deslocações e estadias também preocupam o PAICV. Mais de 641 mil contos.
"Em contrapartida diminui os seus gastos com a saúde, e há um conjunto de questões que precisam ser clarificadas designadamente os avales e as garantias, que poderão ser dados, designadamente para o sector dos transportes tanto aéreos como marítimos. Será seguramente uma oportunidade de discutirmos com o governo as respostas para as questões fundamentais que afligem as populações nos diversos sectores para melhorar a qualidade de vida dos cabo-verdianos ", explica.
Rui Semedo diz que é a primeira vez que um governo está a apresentar numa legislatura sete orçamentos, e também a primeira vez que se está a discutir um orçamento que terá efeitos na legislatura seguinte.