Carla Carvalho, da Comissão Política Nacional do maior partido da oposição, falava em conferência de imprensa, na Praia.
“Os profissionais pagam os seus descontos, que por lei já estão definidos, e o governo não paga esse montante ao INPS, o que acaba por deixar a instituição sem recursos para repassar aos professores que já efetuaram os descontos. Nós consideramos que essa situação é uma forma de roubo por parte do governo em relação ao próprio INPS. Também apontamos aqui que o próprio Estado está a dever ao INPS, uma valor que neste momento ultrapassa os sete milhões de contos, e não demonstra vontade de pagar. Isso coloca em risco a sustentabilidade da própria instituição”, entende.
Carla Carvalho afirma que a explicação do Ministério da Educação não convence nem a própria tutela, que justifica a situação com constrangimentos na implementação de uma plataforma de recolha de dados dos funcionários públicos.
“Portanto, se assim for, perguntamos o seguinte: se o INPS está em fase de implementação de uma nova plataforma de recolha dos dados dos funcionários públicos, porque é que o problema acontece apenas com os funcionários do ministério da Educação, que ditaram a suspensão dos benefícios dos mesmos e não dos funcionários públicos no geral. E mais, se o Ministério da Educação processa os salários e os descontos, mas a transferência dos mesmos é feita pelo Tesouro do Estado, o que está a acontecer no Ministério das Finanças e porque é que este não integra a tal equipa conjunta que foi anunciada do INPS e Ministério da Educação para a resolução desta trapalhada”, questiona,
A deputada Carla Carvalho entende que o MpD e o Governo estão a contribuir para a situação de ansiedade e stress da classe docente ao não comunicarem, com clareza, sobre a situação e sobre o prazo para a sua resolução.