A afirmação do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças foi feita esta manhã, na cidade da Praia, no discurso de abertura da conferência “Orçamento de Estado para 2018 em análise”.
“Os rankings valem aquilo que valem, mas valem alguma coisa. Como temos vindo a repetir, Cabo Verde não quer ser o melhor dos piores. Preferimos ser o mediano dos melhores para sermos permanentemente insatisfeitos, para que possamos procurar a excelência. O futuro deste país tem que ser de liberdade, transparência, confiável, qualificado, mas também um país que respira confiança”, diz.
No seu relatório anual sobre direitos políticos e liberdades civis no mundo, ontem divulgado, a instituição norte-americana coloca Cabo Verde na primeira posição de uma lista de 10 países africanos que se destacam como “livres” no mapa mundial.
O arquipélago apresenta um índice alto, de 90, semelhante ao da França, numa escala de 0 a 100, seguido das ilhas Maurícias, Gana, Benim, São Tomé e Príncipe, Senegal, África do Sul, Tunísia, Namíbia e Botswana.
Na lista dos “parcialmente livres” estão países como Marrocos, Mali, Côte d’Ivoire, Togo, Níger, Nigéria, Quénia, Zâmbia, Tanzânia, Moçambique, Malawi, Zimbabwe e Madagáscar, entre outros.
A nível mundial, segundo a Freedom House, a liberdade atingiu em 2017 o pior nível em 12 anos, com autocracias consolidadas, democracias sitiadas e a retirada dos Estados Unidos do papel de líder na luta global pela liberdade humana.
No relatório, a organização não-governamental centra-se sobretudo na crise da democracia a nível global.