Durante a sessão solene comemorativa do 13 de Janeiro, Dia da Liberdade e da Democracia, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, e os partidos da oposição apelaram a entendimentos sobre questões fundamentais para o desenvolvimento de Cabo Verde.
Ulisses Correia e Silva assegurou aos jornalistas que da parte do seu Governo “há toda a abertura e diálogo institucional”.
“Temos estado a procurar espaços de concertação parlamentar, porque o essencial daquilo que se concretiza em termos de legislação, em termos de grandes medidas, passa pelo parlamento”, assegurou.
A revisão da Constituição da República, a revisão da lei eleitoral e a lei da regionalização precisam de dois terços para a sua aprovação.
Ulisses considera, contudo, que até agora o diálogo tem sido “difícil”, com o maior partido da oposição, PAICV.
“É preciso que haja, de facto, um entendimento, que faça valer aquilo que tem que ser feito, chegarmos aos consensos necessários para que possamos reforçar as nossas instituições, as políticas, nomeadamente das reformas, que são muito exigentes”, reiterou.
Crescimento económico
Durante os discursos na sessão solene, os dois partidos da oposição, UCID e PAICV, defenderam que o crescimento económico do país não se tem reflectido na vida dos cabo-verdianos.
Em resposta, o Primeiro-Ministro advogou que os dados estatísticos demonstram que o rendimento disponível das famílias cabo-verdianas tem aumentado, mas reconheceu que ainda é “preciso tempo para que o seu efeito seja aprofundado e para que tenha uma extensão territorial mais abrangente”.
“Isto tem que ser avaliado não apenas na percepção das pessoas, é preciso analisar os dados credíveis que mostram que temos estado a fazer progressos muito importantes e com o tempo necessário e com o aprofundamento das políticas iremos melhorar ainda mais a expectativa dos cabo-verdianos e 2019 será ainda melhor do que 2018”, perspectivou.