A posição do governante foi defendida hoje, no Parlamento.
“O sector agrário em Cabo Verde enfrenta uma fase especial, mas o Governo não encara essa situação com fatalismo, pelo contrário, assume como um dos maiores desafios nacionais. É absolutamente necessário enfrentar e mitigar os efeitos dos eventos extremos cada vez mais frequentes”, defende.
“Foi assim que encarámos as chuvas diluvianas de Outubro de 2016, em Santo Antão, realizámos integralmente e com sucesso o plano de emergência para reparar os enormes estragos causados. Foram cerca de 321 mil contos empregues na recuperação de furos, levadas, diques, captações de água, outras infra-estruturas hidráulicas e terrenos. Enfrentamos com sucesso a mais severa seca das quatro últimas décadas”, diz.
Para o ministro, as medidas tomadas na sequência do mau ano agrícola de 2017 tiveram um impacto positivo, nomeadamente na manutenção de meios produtivos e subsistência das famílias, estabilização de preços e melhoria das infra-estruturas. Também os resultados da última campanha agrícola não foram satisfatórios devido à escassez de chuva, deixando 13% da população em fase de insegurança alimentar e 2% em situação de crise.
Gilberto Silva anuncia a alocação de 567 mil contos para o sector.
“Para atenuar a situação, o montante de 567 mil contos será alocado basicamente através da mudança da capacidade da manutenção da capacidade produtiva na pecuária, da gestão de escassez de água e da criação de empregos públicos. Uma grande atenção está a ser dada ás medidas de resiliência”, garante.
O ministro da Agricultura e Ambiente lembra a aprovação de um conjunto de medidas no quadro do orçamento de Estado de 2019, entre as quais a criação do Fundo Nacional de Emergência, a bonificação de taxas de juro para micro-produção de energia de fontes renováveis, incentivos para importação de alimentos, medicamentos e materiais de irrigação e incentivos para dessalinização de água para uso na agricultura.
Medidas que o executivo garante que vão ser mantidas e reforçadas nos próximos anos.