Jorge Carlos Fonseca discursava em São Domingos, interior da ilha de Santiago, durante a sessão solene a que presidiu, no âmbito das comemorações dos 25 anos da criação deste município, vizinho da capital.
O chefe de Estado relembrou que os municípios rurais têm enfrentado dificuldades resultantes das fracas e irregulares precipitações e “outros constrangimentos” que afectam a agricultura e a pecuária.
“Recentemente, a problemática da escassez da água atingiu proporções sérias”, indicou Jorge Carlos Fonseca, completando que “felizmente, numa articulação entre os governos central e local a situação foi ultrapassada”.
“É preciso olharmos para a seca como uma realidade quase permanente com a qual temos de conviver e retirar as devidas consequências”, acrescentou.
Jorge Carlos Fonseca defende que “é muito importante” que novas abordagens, relativamente aos produtos a serem cultivados, às técnicas a serem utilizadas, ao perfil do agricultor a ser estimulado, sejam definidas com a clareza possível e de acordo com as características locais, tendo em conta a escassez da água.
“O aproveitamento de outras potencialidades locais, como o turismo rural, deve, também, ser estimulado”, acrescentou.
Por isso, entende que é “imperativo” que os concelhos rurais preparem o novo ano agrícola não afastando nenhum cenário.