No início do debate sobre turismo, esta manhã, no parlamento, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, recordou que o arquipélago registou, nos últimos três anos, uma evolução positiva crescente do sector, sendo que o ano de 2018 fechou com 755 mil turistas. Por isso, acredita que a meta vai ser alcançada.
“Os investimentos privados estrangeiros e nacionais, que estão em curso e previstos, na expansão e construção de hotéis, as reformas económicas encetadas e em curso, com a criação do hub aéreo e comercial do Sal, a concessão dos aeroportos e dos transportes marítimos inter-ilhas, a iniciativa de isenção de visto, o ecossistema de financiamento às empresas e a promoção de destinos turísticos e atracção de novas origens de turistas irão permitir, seguramente, atingir esta meta”, acredita.
Ulisses Correia e Silva recorda que o Governo definiu como objectivo a diversificação da oferta, transformando cada ilha num destino turístico e aumentado a oferta de produtos agro-alimentares nacionais para consumo nos hotéis. O chefe de Governo acredita que se está num bom caminho.
“Estamos a aplicar parte dos recursos do Fundo do Turismo e do Fundo do Ambiente para investir, em parceria com as Câmara Municipais, na qualificação das cidades e das localidades para transforma-las em lugares atractivos para viver, residir, visitar e investir, com a criação de centralidades importantes para um turismo com maior impacto sobre as economias locais”, diz.
O chefe do Governo explica que o objectivo é ter um turismo com qualidade, sustentabilidade e coesão social e territorial. Correia e Silva afirma que o turismo de habitação está com boa dinâmica nalguns concelhos e que será impulsionado com o programa “Uma família um turista”.
Também está em andamento um projecto para garantir um turismo com sustentabilidade ambiental, com financiamento de 5,5 milhões de dólares.
“[O projecto] vai dotar o país de um estudo de avaliação ambiental e social no sector do turismo, grandes opções do Plano Estratégico do Desenvolvimento do Turismo Sustentável, Código do Turismo e criação do Instituto do Turismo, ferramentas essenciais para direccionar o turismo para mais qualidade e sustentabilidade ambiental. As diversas regiões do país vão ser dotadas de planos de desenvolvimento turísticos que não tinham”, anuncia.
O crescimento do turismo nas ilhas do Sal e da Boa Vista trouxe consigo um problema habitacional, com o aparecimento de zonas de barracas. Ulisses Correia e Silva afirma que o seu Governo não quer reproduzir este modelo, por isso reafirma o investimento de 1,8 milhões de contos para dar qualidade e dignidade às zonas de barracas.
“Estamos a criar condições de planeamento, de incentivos e de investimentos para prevenir, antecipar e responder as demandas de habitação que acompanham normalmente o crescimento do turismo”, assegura.
Ulisses Correia e Silva diz que todos os sectores do turismo crescem a um ritmo superior ao dos últimos três anos do Governo do PAICV.