Esta posição foi manifestada hoje pelo secretário-geral adjunto do Movimento para a Democracia, Emanuel Barbosa, em conferência de imprensa , sobre o posicionamento do seu partido sobre a suspensão da Cabo Verde Airlines do Billing and Settlement Plan (BSP) Portugal, pela IATA.
Emanuel Barbosa frisou que a Cabo Verde Airlines, à semelhança de muitas companhias, já está a sofrer os efeitos da pandemia da COVID-19, que vem afectando vários países do mundo, tendo, entretanto, lembrado que o actual Governo, ao assumir o poder em 2016, encontrou a companhia em falência e com graves problemas financeiros.
Segundo este responsável, esta situação obrigou o executivo a avançar com o processo e privatização, posicionando a Cabo Verde Airlines como um elemento estratégico na construção do hub aéreo do Sal.
Entretanto, informou, após a privatização, a empresa começou a dar os primeiros passos com resultados “bastantes positivos”, permitindo assim ao MpD efectivar um processo que o “Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) não conseguiu em 15 anos de governação”.
E tendo em conta o contexto da pandemia do novo coronavírus, que tem obrigado diferentes países a fechar as suas fronteiras e a reduzir a circulação internacional, tem-se, de acordo com o secretário-geral adjunto, assistido a falência de várias companhias aéreas, que para se salvarem , necessitam da ajuda do Estado.
“Relativamente a Cabo Verde Airlines, em virtude do seu histórico de dificuldades e por se encontrar numa fase sensível de reestruturação é obvio que os efeitos da pandemia se abatem sobre ela com muita intensidade. Esta realidade não pode ser negada e assumimo-la com toda naturalidade, responsabilidade e frontalidade”, afirmou.
Avançou, por outro lado, que o Governo, por considerar a CVA um activo estratégico, garante que irá continuar a apostar na empresa, comprometendo-se a buscar soluções para ajudar a ultrapassar os constrangimentos, isto, à semelhança do que muitos estados estão a fazer.
Adiantou ainda que, relativamente às dívidas pendentes, que levaram à suspensão da mesma do BSP pela IATA, o conselho da administração da CVA está a trabalhar para, “rapidamente, fazer cumprir as suas obrigações e assim poder voltar a voar logo que o contexto permitir”.
“Neste momento, as consequências da suspensão são a facturação de bilhetes, com já sebe. Mas o impacto é quase nulo, porque a CVA está a voar, assim como outras companhias, a nível mundial, por causa da pandemia”, referiu.
Emanuel Barbosa, estranhou, no entanto , a posição manifestada pelo PAICV sobre a suspensão da CVA do BSP, lembrando ao mesmo que foi a sua governação que deixou a companhia no estado “comatoso” em que foi encontrada em 2016.
“Os constrangimentos não vêm de agora, mas as soluções consistentes estão a ser engendradas pelo Governo que suportamos e no qual acreditamos pelo que não há espaço para hesitações, mas sim determinação”, declarou.