Nas habituais conferências de imprensa no final das jornadas parlamentares, os dois partidos perspectivaram o debate que se realiza amanhã com o primeiro-ministro e que vai abordar, a pedido do MpD, as medidas tomadas durante o período de estado de emergência e o que o governo pretende fazer para o país deixar a crise.
Do lado do MpD, a líder parlamentar, Joana Rosa, defende-se a ideia que o governo vai ter de adoptar "uma actuação firme" para que o país possa deixar a situação de crise. Por isso, anunciou, a extensão dos “lay-off” às empresas, a bonificação de linhas de créditos, visando a recuperação de empresas para a manutenção de postos de trabalhos e a criação de mais empregos, a redução do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) na restauração, assim como no sector do turismo como algumas das medidas a serem postas em prática nesta altura.
Com o sector do turismo praticamente parado, e com o regresso dos voos internacionais adiado para Agosto, o PAICV defende, por sua vez, que com a retoma das ligações interilhas se devem realizar testes para a circulação de pessoas entre as ilhas para impedir o aumento de casos de infecção no País e pediu ao Governo para tomar medidas que dificultem a propagação do vírus.
"Com a situação que temos, com o crescimento permanente de casos de infectados pelo coronavírus, temos preocupações especiais. Achamos que a economia não pode parar, que o país não pode ficar fechado eternamente, mas achamos que devem ser tomados todos os cuidados necessários para impedir que as ilhas que não estejam infectadas sejam infectadas pela via de circulação", defendeu o líder parlamentar do PAICV.
Quanto ao debate com o primeiro-ministro, o líder parlamentar do maior partido da oposição defendeu que este é um momento “sempre importante” na vida do parlamento, dizendo que é uma oportunidade para debater o momento especial em que vários aspectos devem ser afinados.
A questão sanitária do país, assim como as políticas económicas e sociais foram apontadas por Rui Semedo como sendo os problemas que exigem uma atenção continuada do governo, na perspectiva do investimento na prevenção, sensibilização e mobilização dos cabo-verdianos, e continuação na aposta no "aprimoramento e aperfeiçoamento" dos mecanismos de articulação institucional para fazerem face à pandemia.