O pedido de esclarecimento da UCID foi feito hoje, em conferência de imprensa, em São Vicente, pelo presidente do partido, António Monteiro.
“O que está em causa não é o diferendo entre a AAC e a TICV. O que está em causa é não haver voos. Nós, os cidadãos, não queremos saber que diferendo existe. Queremos saber que há voos e que os cidadãos podem voar entre as ilhas. Isto é que conta. Já tivemos um episódio do tipo e sabemos o que aconteceu: o afastamento do presidente da AAC”, aponta.
“A má política definida pelo governo para os transportes aéreos é que está a dar origem esta situação. As coisas devem ser claras, não se podem deixar vazios para que a empresa A, B ou C ou mesmo as agências reguladoras possam criar dificuldades à operacionalidade dos voos ou a qualquer actividade económica em Cabo Verde”, acrescenta.
O primeiro-ministro disse esta quarta-feira que o Governo está a mediar um diferendo entre a entidade reguladora e a companhia aérea do país, para evitar a suspensão de voos.
A UCID diz-se “preocupada com a situação” e os seus efeitos a longo prazo, caso não se encontre uma solução para o alegado diferendo.
“É uma tremenda falta de respeito para com os cidadãos. Pedimos ao governo para informar a população sobre o que está a acontecer e encontrar os mecanismos para resolver este problema”.
O presidente dos democratas-cristãos recorda que o país já enfrenta problemas devido à limitação dos voos, face à redução de frequências.