Na declaração política feita no arranque dos trabalhos parlamentares, o deputado dos democratas cristãos considerou que o facto de o ministro Abraão Vicente ter se posicionado sobre o assunto, ao exigir que as instituições com responsabilidade na matéria resolvam o problema o mais urgente possível, "é motivo de alegria".
“Trata-se do posicionamento de um membro do Governo que vem juntar a sua voz à dos deputados da UCID, que durante anos e anos vêm exigindo que se cumpra com uma das exigências mais prementes da população de São Vicente. Esperamos que, desta feita, o serviço do Estado com responsabilidade na matéria encontre todas as soluções técnicas capazes de equacionar de vez o problema e que se reduzam ao máximo as limitações operacionais de que vem padecendo o aeroporto”, diz.
António Monteiro entende que as aspirações de São Vicente poderão ser colocadas em causa se a ilha não for dotada de uma infra-estrutura aeroportuária que permita aos voos privados e comerciais operarem a qualquer hora do dia.
“Um investidor que se preze ficará logo condicionado, à partida, para investir em São Vicente se entender que não poderá levantar voo no seu jato privado depois do por do sol”, refere.
A UCID também volta a chamar a atenção do Governo para a questão do preço do JET A-1 no Aeroporto Cesária Évora que difere dos restantes aeroportos.
“É nosso entendimento que esta anormalidade trava os interesses de São Vicente. Portanto, deve ser corrigido com a maior brevidade possível”, realça.
António Monteiro considera que adequar o Aeroporto Internacional Cesária Évora para operações nocturnas torna-se uma necessidade, principalmente quando os hotéis em construção entrarem em funcionamento, assim como o Terminal de Cruzeiros.
Recorde-se que no dia 14 de Abril, durante a sessão solene alusiva aos 143 anos de elevação de Mindelo à categoria de cidade, o ministro Abraão Vicente lançou o desafio à ASA e à AAC, para que se altere a lei para que, de facto, a prerrogativa que impede o aeroporto de Mindelo de ter operações nocturnas seja imediatamente removida por interesse nacional. O governante justificou a sua posição com a dinâmica turística e investimento imobiliário, assim como os projectos que estão em carteira.