Partidos reconhecem que é preciso mais e melhores políticas para mulheres

PorSheilla Ribeiro,24 mar 2023 11:44

Os partidos políticos reconheceram hoje que apesar de algumas conquistas, é preciso criar mais e melhores políticas que tirem as mulheres do grupo vulnerável.

As posições dos partidos foram defendidas hoje no parlamento, durante a sessão plenária.

Na sua declaração política, a deputada do PAICV, Janira H. Almada, disse que apesar do reconhecimento formal do principio da igualdade de género, a sua concretização está muito aquém do que seria desejável, sendo a liderança e a participação politica das mulheres um dos principais desafios de Cabo Verde.

Reconhecendo algumas conquistas, o PAICV afirma que a redução da pobreza, pela via da promoção de um desenvolvimento inclusivo, e do reforço do apoio social e da promoção sócio-profissional para as mulheres é urgente e deve constituir prioridade da Governação.

“É inadiável a integração, no trabalho, do princípio do mesmo salário, para trabalhos de igual valor, entre homens e mulheres, a par do alargamento dos apoios sócio-educativos à infância, para libertar as mães para outras funções; É determinante a intensificação de esforços no combate à violência contra as mulheres, o alargamento dos gabinetes de atendimento especializado às vitimas e a criação de condições para a instalação, em todo o território nacional, de casas de abrigo temporário para as vitimas”, declarou.

Janira H. Almada reiterou que é necessário empoderar as mulheres, mas que para isso há que garantir o reforço institucional, para a integração da abordagem género nas políticas públicas de desenvolvimento, conducentes à eliminação das disparidades entre homens e mulheres.

Por sua vez, a deputada do MpD, Vanusa Barbosa, juntou a voz à declaração feita pela bancada do PAICV e reconheceu que é preciso consciencializar a população de que é possível continuar a promover os direitos das mulheres, garantir que esses direitos sejam cumpridos e que não sejam de forma nenhuma violados.

“O governo tem tido isto em conta, e dentro daquilo que está estipulado na ODS, que tem a ver com a promoção dos direitos da mulher, nós temos o Programa Mais, apresentado no ano passado e que define um conjunto de públicos-alvo que têm a prioridade no que diz respeito a implementação de políticas públicas para a sua promoção e de certa forma, para a sua implementação”, apontou.

Desse público-alvo, lembrou que há raparigas e mulheres, porque tem-se percebido que a pobreza, “de facto”, tem um rosto feminino.

“Então, nós precisamos combater esse facto, precisamos criar mais e melhores políticas que tirem as mulheres desse grupo vulnerável. Para além disso, temos o programa capital humano que vai ser financiado pelo Banco Mundial e num dos seus eixos tem a ver com o apoio às mulheres e jovens de famílias pobres e vulneráveis, melhoria de acesso aos serviços básicos. estamos a falar de inclusão produtiva, de formação, de cuidados, de água e saneamento e todos os outros serviços necessários para uma vida mais digna para as mulheres”, referiu.

Na mesma linha, a deputada da UCID, Zilda Oliveira, constatou que há desigualdade de oportunidades, desigualdade salarial e que a VBG tem vindo a aumentar, maioritariamente no feminino.

“É fundamental nós promovermos a autonomia da mulher nos diversos domínios. No físico, no económico, no social. Somos todos responsáveis pela desigualdade de género que nós constatamos no nosso país. Portanto, neste sentido fazer um apelo a todos enquanto educadores, a todos nós deputados, a todos aqueles que nos acompanham, aos pais, aos professores, a todos de uma forma geral, para começarmos a fazer a mudança lá em casa, na escola”, defendeu.

Para a UCID, é importante começar a trabalhar a mudança de atitudes, sentimentos e valores para uma sociedade igualitária.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,24 mar 2023 11:44

Editado porAndre Amaral  em  13 dez 2023 23:29

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