Durante a sua declaração política, o presidente do partido, João Santos Luís, afirmou que depois de quatro meses voltou ao Fogo, onde verificou que estão estagnadas todas as acções que impedem o desenvolvimento da ilha.
“Prevalecem os constrangimentos de fornecimento de água para rega com maior incidência aos agricultores de toda a zona norte da ilha. As condições de trabalho dos pescadores continuam precárias. A situação de transporte marítimo continua precária. E a disponibilidade diária para construção agravou-se mais ainda nos últimos dias”, delatou.
O contacto com a empresa Água Brava permitiu à UCID inteirar do funcionamento da mesma e nos constrangimentos, dificuldades na mobilização suficiente da água para rega a um preço mais baixo. Questões que, conforme o deputado, são do conhecimento do Governo de Cabo Verde.
“A UCID considera que o Governo deve actuar no sentido de apoiar a Água Brava para que esta disponibilize maior quantidade de água de rega a um preço mais baixo aos agricultores. Consideramos que a actuação do Governo deve basear-se essencialmente na isenção do pagamento da taxa de exploração de água para rega e pecuária e apoiar a Água Brava no reforço da mobilização de mais água subterrânea a continuar a apoiar a empresa no reforço da utilização da energia fotovoltaica”, apelou.
Em reposta, a deputada do MpD, Vanuza Barbosa argumentou que quando o partido entrou no poder em 2016 encontrou uma situação, relativamente à distribuição de água, até mesmo a captação de água para a agricultura e mesmo para o consumo humano, deficitária.
“Havia perdas imensas de água e com instalações de equipamentos de sistema de fotovoltaica que nunca funcionaram. Com o MpD foi feito um trabalho de fundo para reorganizar a questão da distribuição de água e nesse momento podemos de dizer que na ilha do Fogo temos 14 furos devidamente equipados com painéis fotovoltaicos, dependem da energia solar, porque neste momento é complicado a questão das baterias e todo mundo sabe que não é barato mas, cumprem o seu papel”, apontou.
O deputado do PAICV, Luís Pires, referiu que a ilha foi abandonada pelo actual Governo, acusando-o de não ter feito nenhuma obra estruturante e apontando retrocessos em vários sectrores.