Cabo Verde traça um futuro promissor apesar dos desafios, afirma PM

PorSheilla Ribeiro,28 jul 2023 19:34

O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, reiterou o compromisso do Governo em enfrentar as dificuldades e resolver os problemas do país. Apesar das crises enfrentadas, incluindo pandemia, seca e guerra, Correia e Silva destacou os avanços na redução do desemprego, pobreza e desnutrição crónica. Contudo, o discurso também teve críticas da oposição, que apontou preocupações sobre a economia informal, emigração de jovens e segurança pública.

No discurso de encerramento do debate sobre o estado da Nação, Ulisses Correia e Silva afirmou que o estado é de um país em recuperação e relançamento, com os olhos colocados no futuro e com confiança.

Correia e Silva reconheceu as dificuldades, mas enfatizou que o Governo está empenhado em enfrentá-las e resolver os problemas do país.

"Existem dificuldades? Sim. Temos de estar a trabalhar? Estamos a trabalhar. Continuaremos a trabalhar para enfrentar de frente as dificuldades e resolver as questões na nação em contexto da crise", assegurou.

O Primeiro-ministro mencionou as crises que o país enfrentou, como a pandemia, a seca e a guerra, e enfatizou o compromisso do executivo em proteger as pessoas, empregos e empresas durante essas adversidades.

"Estamos satisfeitos com a redução do desemprego, da pobreza absoluta e da desnutrição crónica. Queremos reduzir ainda mais esses números até 2026”, disse, acrescentando os investimentos em sectores estratégicos, como a agricultura, a economia azul, a energia renovável e a melhoria das conectividades.

O Chefe do executivo concluiu seu discurso destacando a visão e o planeamento do Governo para o futuro do país.

"Este Governo tem um programa para executar até 2026, uma estratégia de desenvolvimento e uma agenda 20 e 30. Temos condições e estamos trabalhando para ultrapassar as dificuldades e construir um futuro promissor para Cabo Verde" frisou.

Partidos

O presidente da UCID, João Santos Luís, fez uma análise contundente sobre diversos sectores do país e expressou preocupações em relação à saúde, mercado de trabalho, produtividade, turismo e informalidade da economia, criticando a falta de acções efectivas por parte do Governo.

Além disso, Santos Luís manifestou inquietação com a emigração de jovens e a paralisação de projectos importantes em São Vicente.

"O Governo parece ignorar a informalidade da economia, e desafiamos a tomarem medidas para minimizar esse problema, como a adopção da auto-faturação para os agentes económicos. O número crescente de jovens que estão deixando o país em busca de oportunidades melhores é preocupante. Precisamos saber quais políticas o governo tem para a fixação desses jovens em Cabo Verde”, questionou Santos Luís.

Já o deputado do MpD, Celso Ribeiro, reiterou a necessidade de o PAICV apresentar propostas e uma visão alternativa para o país e apontou falta de estratégia e visão do partido da oposição.

"Este Governo tem assumido decisões com coragem e convicção. Isso desde a reversão das políticas que nos conduziram ao empobrecimento, passando pela proteção das pessoas, famílias e empresas durante a pandemia, e agora, num contexto de guerra, a resposta ao aumento dos custos de vida", elogiou.

O deputado reconheceu que ainda há muito a fazer, mas destacou o crescimento do país e a capacidade de governar em momentos difíceis.

Por seu turno, o presidente do PAICV, apontou a “preocupante” situação do país e das famílias cabo-verdianas, enfatizando a importância de analisar o estado do país e como a população se sente em meio às dificuldades enfrentadas.

Semedo ressaltou a preocupação com a segurança pública, especialmente na cidade da Praia.

"As pessoas não se sentem seguras, principalmente na cidade da Praia, e enfrentam grandes dificuldades para manter sua integridade física e segurança. Enquanto houver esse grande fosso entre aqueles que têm e os que não têm condições, continuaremos alimentando um grande foco de insegurança no país e aumentando os riscos de instabilidade para o desenvolvimento", alertou.

"O estado da Nação é um estado de descrença, desânimo e desconforto da população, e não podemos continuar assim", concluiu.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,28 jul 2023 19:34

Editado porSheilla Ribeiro  em  19 abr 2024 23:28

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