As posições dos partidos foram defendidas durante a sessão parlamentar de hoje.
Da bancada do MpD, o deputado Aniceto Barbosa enfatizou os benefícios significativos trazidos pela realização do African Caucus em Cabo Verde, destacando a oportunidade de demonstrar a capacidade do país em sediar eventos de importância internacional.
Aniceto Barbosa ressaltou ainda que a troca de conhecimentos e experiências entre especialistas africanos e cabo-verdianos abre portas para colaborações futuras e iniciativas conjuntas que beneficiarão ambos os países.
O fórum African Caucus 2023 também serviu como uma excelente oportunidade para o Governo promover a agenda de desenvolvimento sustentável de Cabo Verde junto a representantes do FMI, Banco Mundial e governadores de diversos países africanos.
“Ao recebermos eventos como African Caucus em Cabo Verde, estamos reafirmando a nossa posição como uma Nação que valoriza a diversidade, a inclusão e o respeito mútuo. Nossa História é marcada pela luta pela independência e pelos princípios da igualdade, justiça e liberdade. Reconhecemos que este evento foi uma oportunidade para fortalecermos os laços entre os países africanos e encontrar soluções conjuntas para os desafios que enfrentamos perante uma agenda ambiciosa, que aborda questões como o desenvolvimento sustentável, a paz e a segurança, a governança democrática e a cooperação regional”, disse.
Por seu turno, a deputada do PAICV, Rosa Rocha, elogiou a realização de eventos de grande importância no país, destacando que isso sempre ocorreu, inclusive durante os governos anteriores, especialmente durante a governança do próprio partido.
Rocha ressaltou a relevância desses eventos para o desenvolvimento do país. No entanto, a deputada destaca a necessidade de o actual governo demonstrar um maior comprometimento com a integração regional em África, apontando para a ausência do Primeiro-Ministro e do Vice-Primeiro-Ministro em várias cimeiras e reuniões no continente africano.
Rosa Rocha também questiona a posição do MpD em relação ao não pagamento da taxa comunitária na CEDEAO, uma receita consignada que todos os cabo-verdianos pagam ao longo dos anos.
“O que é que a bancada do MpD considere do não pagamento da taxa comunitária na CEDEAO, que é uma receita consignada? Que todos os cabo-verdianos pagam ao longo dos anos. Que não entra no Orçamento de Estado como despesa, porque é uma receita consignada. Que não se sabe como é que o Governo desvia esse valor para outros fins e que, entretanto, não é canalizado para a Comissão da CEDEAO e que nos cria dificuldades grande”, questionou.
Já o deputado da UCID, António Monteiro, expressou sua satisfação em relação à realização da African Caucus, ressaltando a importância de eventos que projectem positivamente Cabo Verde no mundo.
O deputado enfatizou a necessidade de aproveitar essas reuniões e realizações para alcançar os objectivos do país, impulsionando a imagem e o potencial existente para o crescimento económico e a criação de riqueza.
Contudo, Monteiro destacou a importância do engajamento do Governo em relação à África pedindo que analise a criação de mais ligações aéreas e marítimas, bem como trocas comerciais que permitam que os empresários cabo-verdianos invistam em outros países africanos.
“O que nós esperamos da reunião e esperamos que o Governo faça tudo neste sentido é que os investimentos que foram agora feitos possam trazer ganhos positivos para o país e pedimos também ao Governo para analisar uma maior dinâmica nossa dentro do continente africano, criar condições para mais ligações aéreas, criar condições para mais ligações marítimas e criar condições para trocas comerciais que possibilitem os nossos empresários poderem sair das nossas ilhas e, consequentemente, investir também por esta por este continente africano, nos países acima de tudo, aqueles que nós somos muito amigos”, manifestou.