PAICV aponta crise na governação e medidas ineficazes que não resolvem os problemas fundamentais do país

PorSheilla Ribeiro,6 out 2023 10:21

O PAICV aponta para a existência de crise de governação no país, destacando a ausência de reformas e medidas ineficazes que não conseguem abordar os problemas cruciais enfrentados pelas ilhas, como a instabilidade persistente no sector dos transportes aéreos e marítimos.

No início da sua declaração política proferida hoje no parlamento, o presidente do PAICV mencionou a difícil realidade enfrentada pelos cabo-verdianos, destacando a alta de preços dos produtos essenciais que afecta as famílias sem as devidas medidas de protecção por parte do Governo. Também apontou a drástica diminuição do poder de compra e a ausência de esforços governamentais para equilibrar a situação.“Com efeito, vivemos a situação de termos um governo insensível aos problemas das pessoas, um Governo desfocado e desconectado com a realidade, um governo que não dialoga, um Governo que não ouve os outros, um Governo que ignora, olimpicamente , todas as críticas, todas as propostas e todas as sugestões. A crise aumenta e pressiona as famílias a reduzir drasticamente o cabaz da sua dieta alimentar e o Governo, num outro extremo, numa outra realidade fantasiada, fora deste mundo de dificuldades, engorda o seu elenco e aumenta os gastos públicos”, disse.O PAICV acredita numa crise de governação, evidenciada pela ausência de reformas e medidas desajustadas que não resolvem os problemas fundamentais do país.

“A crise de governação é notada pela ausência de reformas e pelas medidas desajustadas que não contribuem para resolver os problemas fundamentais destas ilhas. A crise de governação é verificada pela instabilidade provocada no setor dos transportes aéreos e marítimos que parece ser vítima de enguiços permanentes para atormentar a vida dos cabo-verdianos que dão sinais de estarem exasperados com a ausência de respostas estáveis, duradouras e sustentáveis”, referiu.

Além disso, Rui Semedo apontou a instabilidade no sector dos transportes aéreos e marítimos como um reflexo da crise de governação, com impactos significativos na vida dos cabo-verdianos, incluindo limitações nas trocas comerciais entre as ilhas e transtornos para a comunidade emigrada.Semedo também apontou a crescente criminalidade urbana, a falta de segurança e a percepção de insegurança que afectam a qualidade de vida dos cidadãos. Neste sentido, criticou a falta de resultados positivos das políticas adoptadas pelo Governo ao longo dos anos e a falta de mudanças nos cargos governamentais.A não transparência na gestão pública, incluindo processos de contratação e concessões, também foi abordada na declaração, assim como a preocupação com a delapidação dos recursos públicos, como os do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS ).O PAICV criticou ainda os recentes aumentos nos vencimentos do Governador e dos Administradores do Banco de Cabo Verde, sugerindo que isso reflecte uma falta de solidariedade com os que ganham menos e passam por maiores dificuldades.

“Os últimos sinais de crise de governação é o aumento em 18% dos vencimentos do Governado e dos Administradores do Banco de Cabo Verde. Este aumento prova também que estamos perante uma crise de governação provocada por governantes que querem arrumar a casa para os seus titulares antes da despedida. Todos estão lembrados que antes desta medida já se tinha aumentado o vencimento do Primeiro-Ministro, de mais um governante e de um outro titular, todos os membros do Banco Central”, disse.

Rui Semedo defendeu a necessidade de um Governo mais humano, sensível aos problemas da população e comprometido em encontrar solucções para os desafios do país.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,6 out 2023 10:21

Editado porAndre Amaral  em  29 abr 2024 23:27

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