Posições expressas, na noite de segunda-feira, durante o “Plenário” da Rádio Morabeza. O MpD faltou ao debate.
Do PAICV, Adilson Graça fala numa punição às políticas do executivo.
“Há aqui um claro cartão amarelo à governação nacional. Por exemplo, o caso da ilha do Maio onde muito dificilmente o PAICV tinha condições para eleger uma Câmara Municipal, porque o nosso candidato, que já tinha feito um grande trabalho e que podia ser merecedor da vontade popular do Maio, acabou por falecer. O Rely, à última da hora, fez um grande trabalho, é verdade, mas é um claro sanção à política governativa no que diz respeito aos transportes. Na Brava, idem, assim como na ilha de São Nicolau. Mas também as oportunidades não estão a ser criadas”, aponta.
De acordo com o presidente da comissão política concelhia do PAICV em São Vicente, o foco é uma governação eficiente e eficaz junto dos munícipes, capitalizando os resultados para legislativas e presidenciais
Do lado da UCID, Anilton Andrade também entende que o eleitorado puniu a governação, principalmente na questão dos transportes.
Andrade também olha para dentro. O seu partido não venceu em nenhum dos 11 municípios onde concorreu.
“Há indicadores. O problema dos transportes, por exemplo, nalgum momento, tinha que ser penalizado. O eleitorado puniu a governação do MpD a nível nacional. Mas nós estivemos atentos aos resultados eleitorais e a partir desses mesmos resultados e das quedas vertiginosas que houveram durante estas eleições, estamos a redesenhar toda a nossa estratégia nacional para as próximas eleições”, diz.
O PAICV venceu as autárquicas de 1 de Dezembro.
O partido conquistou uma maioria inédita de 15 das 22 câmaras municipais. O MpD venceu em 7, contra as 14 conquistadas há quatro anos.