“Seria incompreensível que outros interesses prejudicassem os professores, que esperam receber este aumento o mais brevemente possível”, argumentou.
Amadeu Cruz reforçou que o novo PCFR é resultado de um esforço conjunto do governo para valorizar a classe docente e corrigir desigualdades.
O ministro reforçou que os professores já têm expectativas concretas em relação ao plano, e qualquer atraso na sua aprovação representaria uma quebra de confiança .
“Estamos cientes de que haverá sempre espaço, num futuro breve, para aproximar ainda mais os níveis salariais das legítimas aspirações dos professores, mas o passo inicial é garantir a aprovação desta proposta”, prometeu.
Entre as medidas centrais do PCRF, destaca-se a actualização dos salários-base, com valores de 91 mil escudos para professores licenciados e 55 mil escudos para os que não possuem licenciatura.
Além disso, estão previstas promoções e progressões automáticas que beneficiarão mais de 3.700 professores, com um impacto financeiro de 1,2 milhões de contos anuais a partir de 2025.
O governante alertou que um eventual bloqueio da proposta pode trazer frustração aos professores que já contam com os aumentos salariais e benefícios anunciados.
“O foco deve estar em valorizar a educação e assegurar que as políticas públicas atendam às necessidades da classe docente”, afirmou.
No seu discurso, aproveitou para referira os avanços já concretizados pelo governo na regularização de pendências desde 2008, o que representou um impacto financeiro de cerca de 500 mil contos anuais no orçamento.
A proposta do novo PCFR será agora debatida no Parlamento, com o governo esperando uma rápida aprovação para assegurar a implementação dos benefícios previstos e reforçar o compromisso com a valorização da educação em Cabo Verde.