Posições expressas na noite de segunda-feira durante o "Plenário" da Rádio Morabeza. O MpD mais uma vez faltou ao debate.
O PAICV esteve representado por Nilton Silva.
“Para 2025 esperamos que o Governo, de facto, recentre a sua política de transporte porque é preciso dinamizar a economia de Cabo Verde. Não é possível dinamizar a economia de um país, sobretudo arquipelágico, se não houver um sistema de transporte regular, rápido e cómodo. Que o Governo também recentre a sua política em termos de saúde e de educação”, defende.
A UCID sublinha que não é possível facilitar o comércio e a mobilidade interilhas sem um sistema de transportes eficiente. António Monteiro defende uma visão distinta para o sector.
“Nós acreditamos que o transporte aéreo e marítimo precisam ser devidamente acautelado e repensado, para que possamos ter as ilhas unidas e criar um mercado maior, possibilitando uma melhor circulação de bens e de pessoas, para que a nossa economia possa ganhar uma maior dinâmica e, consequentemente, podermos estar na posição de gerar mais riqueza”, posiciona.
Durante o programa, os partidos lançaram um olhar ao Orçamento do Estado para 2025, estimado em cerca de 98 mil milhões de escudos. O Governo já definiu três prioridades fundamentais: investimento, emprego e inclusão, com especial enfoque na juventude.
Nilton Silva, do PAICV, considera que é necessário definir claramente as prioridades.
“De facto, noventa e tal milhões de contos é muito dinheiro para Cabo Verde. É uma questão de prioridade. Eu vou dar um exemplo: este é um Governo extremamente gordo. É um Governo que todos os anos aumenta despesas de viagem e ajudas de custo que quase já ultrapassam os 600 mil contos. Entretanto não há dinheiro para outros sectores quando gastam rios de dinheiro em seminários e conferências, sem muitos resultados”, entende.
António Monteiro alerta para a necessidade de políticas que minimizem a perda do poder de compra da população. O representante dos democratas-cristãos apela também à redução dos custos de energia e água como forma de atrair investimentos.
“Porque se nós tivermos energia eléctrica e água mais baratas poderemos atrair investidores que procurarão o país pela nossa estabilidade política e social. A aposta na melhoria da qualidade de vida e dos salários para impedir que os nossos jovens continuem a sair, levando a massa cinzenta e a capacidade de geração de riqueza para longe das ilhas”, considera.
Os partidos da oposição defendem que, com investimentos no sector dos transportes, na economia e no sector privado, será possível criar emprego e melhorar as condições de vida da população.