Segundo o governante, estas áreas foram escolhidas por responderem a necessidades prementes do país e fazerem parte de um plano mais amplo que visa reduzir a dependência de missões médicas estrangeiras, nomeadamente de Cuba e da China.
“O objectivo é capacitar o país para responder às reformas necessárias que o pessoal médico exige, com sustentabilidade, e substituir efectivamente os médicos estrangeiros aqui em Cabo Verde”, afirmou.
Jorge Figueiredo explicou que este processo vai permitir criar a matéria-prima de base para que, dentro de cinco anos, se possa estruturar um sistema de especialização médica interna no arquipélago.
Para isso, o Ministério da Saúde conta com o apoio de médicos cabo-verdianos da diáspora que actualmente leccionam em universidades internacionais.
“Vamos convidar médicos cabo-verdianos que vivem fora e que são professores universitários a nível internacional, e que nos ajudarão a constituir e a começar a formar internamente”, referiu o ministro.
Para além das especialidades que vão arrancar já no próximo ano, o Governo prevê, num segundo momento, alargar a formação médica interna a outras áreas como Cardiologia, Ortopedia e Traumatologia, Oncologia, Oftalmologia, Psiquiatria e Hematologia.
Conforme o ministro, este reforço da formação especializada deverá permitir reduzir as evacuações em mais ou menos 30%.