África tem de dinamizar o turismo interno no continente, defendeu hoje o presidente da ICAO, Olumuyiwa Benard Aliu, na conferência ministerial sobre turismo e transporte aéreo que decorre no Sal até sexta feira.
"Já não nos podemos basear unicamente nas antigas formas de trabalhar", defendeu o presidente da ICAO ao defender a integração de novas tecnologias no negócio da aviação civil tanto em África como a nível mundial.
Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República, esteve também presente na sessão de hoje da reunião dos ministros dos transportes e turismo. O Chefe de Estado destacou, durante o seu discurso, a importância do turismo pela possibilidade de contacto entre povos.
"África não pode continuar a desaproveitar estas oportunidades" e tem de começar a "explorar o inegável potencial turístico que detém", afirmou.
O Presidente defendeu igualmente que um dos maiores obstáculos a um maior dinamismo do turismo em África passa pelo facto de que "o número de acidentes aéreos no continente é 12 vezes superior ao da América do Norte ou da Europa".
Israel e Rússia são mercados turísticos que interessam a Cabo Verde
A El Al, companhia aérea israelita, poderá, num futuro próximo voar para Cabo Verde, disse o ministro dos transportes, em exclusivo ao Expresso das Ilhas. No Sal, onde decorre a conferência sobre turismo e transportes aéreos, José Gonçalves anunciou que, em Setembro, vai ser feita a promoção do mercado turístico nacional na Rússia.
Já o ministro dos Transportes, José Gonçalves, procurou destacar a importância do trabalho de regulação do sector da aviação civil, apontando que Cabo Verde é um dos cinco países africanos com certificação que permite voar para os Estados Unidos.
"A robustez do nosso quadro regulatório tem sido alvo de rigorosas auditorias, tanto por parte da ICAO como da FAA, e tem tido sempre bons resultados".
Falando da situação do sector da aviação civil em África, José Gonçalves apontou que os países de África "estão perante uma grande oportunidade para tomar medidas estruturantes no sector" o que, defendeu, dinamizará "o turismo entre países do nosso continente. A adesão plena de todos os países ao Mercado Único é um passo fundamental", concluiu.