A transformação do aeroporto do Sal num hub aéreo é, segundo o ministro dos transportes, José Gonçalves, já uma realidade e "estão a ser estudadas novas oportunidades como a ligação ao Sal da companhia aérea israelita, a El Al, que quer fazer chegar aqui os seus turistas. O próximo mercado é a Rússia onde vamos promover Cabo Verde, em Setembro, quando lá estivermos numa missão junto da Organização Mundial do Turismo".
Mas para já o grande objectivo é rentabilizar o hub através da "movimentação de passageiros entre a África Ocidental e a América do Norte e a América do Sul e a Europa, rotas que se cruzam aqui em Cabo Verde".
"Mercado étnico tem limitações"
"A rentabilidade das empresas de aviação civil é um ponto crucial e foi por isso mesmo que os Cabo Verde Airlines, através de uma análise muito crítica das rotas, mudaram o seu posicionamento relativamente ao que era a TACV", disse José Gonçalves, ao Expresso das Ilhas, à margem da conferência sobre turismo e transportes aéreos em África e que decorre até sexta-feira, em Santa Maria.
O ministro que tutela a pasta dos transportes acrescentou ainda que "o mercado étnico tem limites, houve um período em que a TACV conseguiu abrir alguns mercados de turismo, como a Itália, mas acabou por ser ultrapassada pelos grandes operados".
Para José Gonçalves, Cabo Verde só tem a ganhar com a privatização da TACV, porque, como referiu "o fortalecimento da empresa vai fazer com que Cabo Verde tenha também uma posição mais forte no mercado turístico internacional".
"Estamos a contar com o papel que a Cabo Verde Airlines vai desempenhar no turismo", reforçou José Gonçalves.