António Monteiro diz que agora é aguardar para que o governo produza uma resolução, para que a partir do mês de Janeiro as vítimas possam receber o subsídio no valor de 75 contos mensais.
"Nós pensamos que é só uma questão de produzir uma resolução para a partir de Janeiro estes cidadãos passarem a ter o apoio que devem ter, quer a nível do apoio medicamentoso quer ainda no subsídio que propusemos de 75 mil escudos, repito 75 mil escudos mês, para estas pessoas que foram vítimas deste processo ", avança.
Por outro lado António Monteiro, manifesta-se preocupado, afirmando que alguns deputados do MpD, querem alargar esta lei a outras pessoas.
"Sentimos que alguns deputados do MpD, querem alargar essa questão para pessoas que podem ter tido realmente problemas com o regime do partido único na altura, mas que pode ter sido uma coisa que não justifica aquilo que a UCID está a propor, porque as pessoas de 77, sofreram, foram meses e meses na prisão, foram torturas, foram sevícias e foram muitos corridos do trabalho e nós queremos com esta lei fazer justiça a estas pessoas”, explica.
Na edição impressa do Expresso das Ilhas desta semana o presidente da UCID explicou que o que o seu partido pretende “é que, com base na lei existente de 1992 que permitiu os subsídios para as pessoas afectadas pela Reforma Agrária, o Orçamento do Estado contemplar verbas para que possa existir disponibilidade financeira para poder dar aos torturados de 1977 o subsídio que merecem, uma recompensa financeira pelas torturas de que foram vítimas naquele ano”.
"Se não me falha a memória já só serão 20 pessoas a beneficiar desta medida porque todos os outros ja faleceram. Algumas destas pessoas estão a passar muito mal, não têm protecção médica e medicamentosa e com este recurso poderão aliviar um pouco o sofrimento por que estão a passar", disse António Monteiro.