O pedido do chefe de Estado cabo-verdiano foi feito através de uma carta enviada ao Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres. Na missiva, Jorge Carlos Fonseca encoraja a ONU e a todos os organismos competentes das Nações Unidas, em particular aqueles responsáveis pela segurança, paz e assistência, a continuar os seus esforços de assistir Moçambique e as pessoas afectadas por este “grande desastre ambiental”.
“Confiante de que o meu apelo encontrará uma resposta positiva, aproveito esta ocasião para renovar a Vossa Excelência a expressão da minha mais elevada e distinta consideração", lê-se.
No mesmo documento, o também presidente em exercício da CPLP diz que é “com muita preocupação e bastante consternado que tem vindo a seguir os eventos dramáticos derivados da grande devastação que assola, nestes últimos dias, algumas regiões de Moçambique, em particular a cidade da Beira, com centenas de pessoas a perderam a vida, para além dos vários feridos e desaparecidos”.Jorge Carlos Fonseca refere mesmo que aquele país passa por um momento de grande tragédia humanitária.
A passagem do ciclone Idai no centro de Moçambique e as cheias que se seguiram já provocaram, desde quinta-feira mais de 200 mortos, segundo anunciou ontem o Presidente moçambicano Filipe Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava durante uma reunião do Conselho de Ministros realizado na cidade da Beira, parcialmente destruída pelo ciclone. O presidente moçambicano anunciou ainda três dias de luto nacional no país, onde 350 mil cidadãos estão em situação de risco.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 400 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respectivos governos desde segunda-feira. Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afectadas pela tempestade naqueles três países.