Joaquina Almeida aponta que o governo, num período quatro dias, decidiu pela privatização de dois sectores importantes da economia. Para a sindicalista é inoportuno e inapropriado realizar as duas operações de privatização, quando as atenções de todos estão concentradas na pandemia de COVID-19
“Vivenciamos momentos de restrições de alguns direitos, liberdades e garantias e não se compreende como é que o Governo pode avançar com essas medidas, visto que enquanto durar o estado de emergência essas medidas não poderão ser avaliadas nem pelos trabalhadores das respectivas empresas, nem pelos Sindicatos nem oela sociedade civil, quando todas as atenções estão viradas para a crise provocada pela pandemia", acusa.
"Lembramos que estes dois sectores de actividades são sensíveis e importantes para a economia e para os trabalhadores”, sublinha, acrescentando que "o momento é inoportuno, há que ter prudência e equilíbrio em todo esse processo, tendo em conta que a privatização traz consigo o desemprego".
Conforme advoga, "os trabalhadores e os Sindicatos devem ter a oportunidade de se pronunciarem e não de se deparem com factos consumados", pelo que solicita a suspensão temporária do processo de privatização até a normalização da situação que vivemos.
A 23 de Março, o governo decidiu avançar com a privatização da CV Handling, através do Decreto-Lei nº. 31/2020. O processo de subconcessão dos portos foi decidido através da resolução nº. 56/2020, de 27 de Março.