A posição do partido foi expressa hoje, em conferência de imprensa, por António Monteiro, presidente do partido.
“Entendemos que a medida foi boa, uma vez que estas acções voltaram para duas empresas estatais sólidas e que dão garantia de que as acções agora recompradas poderão servir como base para mais lucros a estas mesmas empresas”, afirma.
Os 40% do capital da CV Telecom que até agora estavam nas mãos da PT Ventures foram adquiridos pela ASA e pelo INPS, num investimento total de 26 milhões de dólares, e fazem do INPS o principal accionista da empresa de telecomunicações, com 57,9% dado capital social.
O governo fala em compra transitória mas a UCID tem outro entendimento.
“Relativamente à posição do INPS, que neste momento detém mais de 57 % das acções da CV Telecom com esta operação, esperamos que o governo possa reanalisar friamente esta posição e fazer com que o INPS mantenha esta posição dentro da empresa, que é uma das grandes empresas cabo-verdianas, que dá lucro aos seus accionistas, e o INPS necessita destes lucros como de pão para boca, para poder garantir o futuro da instituição e também o pagamento das pensões”, indica.
António Monteiro defende que é preciso garantir o futuro do INPS.
“O que está em causa não é o dinheiro do Estado porque o Estado não tem lá muito dinheiro, o dinheiro é dos contribuintes que precisam garantir a sua reforma. Neste caso concreto, considerando tratar-se de uma empresa tecnológica com um historial muito positivo, a UCID entende que é um bom negócio, tirando toda esta polémica de ser um banco privado do Estado", explica.
Com a assinatura do acordo e a compra das acções, o INPS passa a ser o principal accionista da CV Telecom (57,9%). 20% são agora detidos pela ASA, 3,4% pelo Estado de Cabo Verde, 0,7% pelos Correios de Cabo Verde e os restantes 18%, pelos privados nacionais.
A compra desta participação põe fim ao conflito que opunha o Estado e a empresa portuguesa que se iniciou em 2014, com a suspensão unilateral do contrato parassocial, assinado em Março de 2000, com a PT Ventures.
INPS e ASA compram participação da PTVentures na CVTelecom
Os 40% do capital da CVTelecom que até agora estavam nas mãos da PTVentures foram adquiridos pela ASA e pelo INPS chegando assim ao fim o conflito que opunha o Estado e a empresa portuguesa que tinha tido início em 2014, com a suspensão unilateral do contrato parassocial assinado em Março de 2000 com a PT Ventures.