Miguel Monteiro descarta a possibilidade de o Estado contrair novas dívidas em caso de incumprimento de pagamento do empréstimo por parte da CVI.
“O Estado não dá o empréstimo, mas sim concede o aval, porque confia nos projectos e nos seus benefícios para o país e para os cabo-verdianos. O montante do empréstimo é exactamente igual ao limite máximo da indemnização compensatória prevista para este ano e na ínfima possibilidade de incumprimento este valor estaria salvaguardado através do não pagamento de uma eventual indemnização compensatória”, diz.
Na segunda-feira, em conferência de imprensa, o PAICV disse que o aval do Governo a um empréstimo de 518 mil contos pela CVI demonstra a “intransparência do concurso e a inconsistência das medidas” do governo.
O MpD fala em “narrativas de uma oposição negativista e sem credibilidade que aposta na criação de um sentimento anti estrangeiros e anti privados”. Miguel Monteiro diz que o empréstimo servirá para resolver os problemas deixados pelos governos do PAICV.
“É preciso relembrar dos vários incidentes/acidentes, uma média superior a um por ano, que infelizmente chegaram a ceifar vidas humanas no tempo do PAICV. Hoje na oposição, posicionam-se contra todas as medidas que visem dotar o país de sistemas sustentáveis de transportes, quer no sector aérea quer marítimo”, aponta.
O Estado avalizou um empréstimo feito pela Cabo Verde Interilhas no valor de 518 mil contos.
A decisão foi publicada sexta-feira no Boletim Oficial. Na resolução, o Governo diz que o empréstimo tem como objectivo ajudar a empresa na "implementação da estratégia estabelecida no plano de negócios".
A UCID reagiu esta terça-feira, em conferência de imprensa, e considerou que o Governo está a navegar em "águas turvas" relativamente à concessão do serviço de transporte marítimo inter-ilhas. Os democratas-cristãos não são contra o aval concedido à concessionária de transporte marítimo mas pedem uma "reavaliação" de todo o processo.