​Partidos defendem medidas preventivas para conter preços após suspensão do acordo de cereais

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,1 ago 2023 10:06

Os partidos com representação parlamentar esperam a adopção de medidas preventivas, por parte do Governo, para fazer face ao “risco de inflação” provocada pela saída da Rússia do acordo de cereais do Mar Negro.Posições expressas, na noite desta segunda-feira, em mais uma edição do programa “Plenário”, espaço de debate político da Rádio Morabeza.

Durante o debate, e perante o alerta feito no dia 27 de Julho, pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que disse que a saída da Rússia do acordo de cereais do Mar Negro representa um risco para o aumento dos custos da energia e dos alimentos, o membro da direção nacional do MpD, Benvindo Cruz, referiu que o executivo vai saber adoptar as medidas adequadas.

“Se, de facto o trigo, o milho, o cereal, seja lá o que for, vem da Europa já com uma inflação, o Governo tem que tomar medidas para tentar mitigar este aumento de preço para que as famílias mais pobres e que todos os cabo-verdianos não sofram com isso. De certeza que o Governo já está preparado com alternativas para enfrentar esta situação e apresentar soluções inteligentes ao povo cabo-verdiano”, afirma.

O PAICV entende que a saída da Rússia do acordo de cereais deve ser motivo de preocupação de qualquer Governo. O presidente da Comissão Política Concelhia do partido, em São Vicente, Adilson Graça Jesus, sugere a criação de uma reserva financeira que possa ajudar a combater possíveis aumentos, através da subsidiação dos bens de primeira necessidade.

“Se nós tivermos um novo aumento de preços nestes produtos, vai ser muito mais difícil levar a panela ao lume. Nós temos que criar capacidade para essa proteção. E essa saída da Rússia do acordo dos cereais deve preocupar qualquer governante, mas tenho algum receio perante aquilo que poderá acontecer em Cabo Verde, porque tivemos o aumento exponencial do preço da farinha em que o Governo retirou-se da subsidiação”, refere.

Do lado da UCID, o deputado António Monteiro insiste na necessidade de trabalhar para “preparar o país para ser um celeiro de grãos no Atlântico Médio”, para além da criação de condições internas para diminuir o impacto dos choques externos.

“Porque é que o país não se prepara para ser um depósito, um celeiro de grãos, para termos aqui grandes silos para armazenarmos trigo, centeio, cevada, milho e outros grãos para que possamos ser, no Atlântico Médio, um país para fornecer outros países quando há situações deste tipo que nós estamos a viver agora, para que o país mantenha sempre uma almofada em termos de poder alimentar a sua população. Por outro lado, já é altura de desenvolvermos tecnicamente a nossa agricultura para podermos diminuir o impacto que nós temos, que é bastante negativo, que vem do exterior e que acabam por prejudicar os cabo-verdianos”, defende.

A UCID entende que os anúncios do Governo não chegam às pessoas que realmente precisam do apoio directo do Estado.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,1 ago 2023 10:06

Editado porFretson Rocha  em  22 abr 2024 23:28

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