Numa conferência de imprensa, Luís Carlos Silva começou por apontar o que considera “persistência” do PAICV na sua abordagem de 7 anos e 10 orçamentos, caracterizando-a como estagnada e sem evolução, apesar de derrotas eleitorais.
“O PAICV parece preso em um ciclo de críticas (infundadas), sem apresentar análises construtivas e muito menos políticas alternativas. Ao invés de contribuir positivamente, eles optam por perpetuar uma retórica ultrapassada que não trouxe resultados no passado e não oferece soluções viáveis no presente”, referiu.
O Secretário-Geral do MpD refutou que o OE para 2024 é uma estratégia sólida que visa directamente os desafios reais de Cabo Verde já que estabelece metas claras, incluindo um crescimento do PIB de 4,7%, com respaldo do FMI, e a redução do déficit e da dívida pública.
Luís Carlos Silva também frisou os compromissos específicos em relação à "Política de Rendimento e Preços", como a expansão da rede de segurança social e o aumento do salário mínimo.
Nesse sentido, elogiou as políticas de transferência indirecta de renda, como a gratuidade da educação até o 12.º ano e a Tarifa social de água e energia.
O MpD argumentou ainda os investimentos em sectores-chave, especialmente no transporte, afirmando que o OE alocou recursos substanciais para melhorar as estradas e acessibilidade no país e introduziu medidas para fortalecer o transporte aéreo, marítimo e internacional.
“Ao contrário do que o PAICV diz, o OE2024 é inclusivo, focado nos problemas reais de Cabo Verde e que visa consolidar a recuperação e lançar um processo de proteção e reposição do poder de compras dos Cabo-Verdianos. É um orçamento que cresce 10%, significando que temos 10% de mais capacidade de intervenção social, 10% de mais capacidade de investimentos públicos, 10% de mais força para proteger as pessoas caso for necessário e 10% de maior capacidade de lançar um futuro melhor para os Cabo-Verdianos”, argumentou.