Rui Semedo falava esta manhã em conferência de imprensa, na cidade da Praia.
“A grande verdade é que o Orçamento do Estado para 2023 não tem respostas para as grandes dificuldades que a população enfrenta neste momento. Não resolve a grave situação de desemprego dos jovens, não responde aos problemas de tesouraria e de financiamento das empresas, não estrutura respostas para o sector da saúde, não dá respostas para os desafios da educação, não repõe poder de compra das famílias, não desagrava os impostos e não melhora o ambiente económico”, explica.
Rui Semedo afirma que o país está perante um orçamento que "finge" mudança, para deixar tudo na mesma.
"Não emagrece o governo - o único que não sofreu os impactos da crise - não diminui os gastos com despesas de funcionamento que continuam a aumentar, não diminui os gastos com viagens, que continuam a crescer, não faz nenhum esforço de poupança para criar reservas para socorrer a população pobre, não dá sinais de racionalização de estruturas e serviços e continua na colocação do Estados ao serviço de alguns poucos que apoiam o partido no poder", afirma.
O presidente do PAICV avança que as propostas do seu partido para o Orçamento, chumbadas pelo MpD na especialidade, criavam almofadas financeiras para as famílias enfrentarem as dificuldades impostas pela crise, além de permitirem melhorar as condições de funcionamento das empresas, corrigir injustiças fiscais e combater a pobreza.