Rui Figueiredo Soares falava na sequência da declaração política do PAICV sobre a Morna.
“A equipa técnica dirigida pelo senhor Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas regressa hoje à noite ao país, será homenageada amanhã em acto público do Governo”, afirma.
“Hoje queríamos tão simplesmente parabenizar o povo cabo-verdiano por este grande feito”, diz.
A declaração política do maior partido da oposição foi apresentada pelo deputado Walter Évora. Na declaração política do PAICV defende-se uma aposta em instituições vocacionadas para investigação académica sobre a Morna.
“Defendemos que, para além do fortalecimento dos compositores e intérpretes, deve-se também fazer uma forte aposta nas instituições vocacionadas para a investigação académica, como também nos investigadores, que não estando necessariamente integrados em instituições ou sistemas académicos podem, por iniciativa própria, dar um valioso contributo à causa da Morna”, defende.
A morna foi elevada a Património Cultural Imaterial da Humanidade no dia 11 deste mês, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A consagração aconteceu durante a 4ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorreu em Bogotá, Colômbia. Cabo Verde esteve representado por uma equipa técnica liderada pelo ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente.
Em reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira, 12, o Governo decidiu atribuir a Medalha de Mérito Cultural de primeiro grau à Comissão Técnica e Científica do processo Morna e à toda a equipa que fez a preparação da candidatura do país.
Para o executivo, é uma forma de reconhecimento de toda a nação cabo-verdiana, de todos os artistas, músicos e compositores cabo-verdianos pelo “trabalho brilhante” feito pela equipa, e que permitiu a inscrição da Morna como Património Imaterial da Humanidade.