Posição reafirmada pelo deputado da maioria, Celso Ribeiro, na sessão solene comemorativa do 49º aniversário da independência nacional.
“Acreditamos que as medidas propostas pelo Governo para o sector são correctas, mas não podemos negar que os resultados tardam em chegar. Os transportes são serviço público e cabe ao Estado a responsabilidade de proporcionar meios e formas de mobilidade aos cidadãos para o exercício de uma liberdade claramente expressa na Constituição e nas leis”, afirma.
Na sua intervenção o parlamentar do MpD pediu entendimentos políticos em matérias como a eleição dos órgãos externos à Assembleia Nacional, a reforma da Justiça, a revisão do Código Eleitoral e a reforma dos municípios.
Já o PAICV pede resposta com elevação e determinação para mitigar os efeitos da seca, perante a vulnerabilidade do país às mudanças climáticas. Por outro lado, o líder da bancada parlamentar do maior partido da oposição, João Baptista Pereira defende a aposta numa economia robusta e num sector dos transportes eficiente.
“Para que Cabo Verde alcance um futuro de prosperidade, é fundamental promover um crescimento económico robusto, capaz de gerar empregos e rendimentos suficientes para as famílias, com um enfoque especial para a nossa juventude. Somente assim poderemos combater a imigração, que muitas vezes é fuga à pobreza e busca por uma vida mais digna e bem-estar. A unificação do mercado nacional, através de infra-estruturas adequadas e de um sistema de transportes eficaz e eficiente, que garante a mobilidade interna de pessoas e bens, é urgente e indispensável. Esta unificação é vital para a redução das assimetrias económicas entre as ilhas, possibilitando um desenvolvimento mais equilibrado e justo para todos os cabo-verdianos”, refere.
Do lado da UCID, o deputado António Monteiro diz que é preciso trabalhar para que todos os cabo-verdianos tenham acesso aos serviços essenciais como a justiça, a saúde, a educação e a segurança, para se alcançar justiça social.
“É imperativo que as políticas públicas sejam orientadas, de facto, para a redução das desigualdades sociais e económicas, promovendo uma distribuição equitativa dos recursos e das oportunidades. Acreditamos que o crescimento económico deve caminhar de mãos dadas com o progresso social, garantindo que a criação de riqueza nacional beneficie a todos”, considera.
Na sua intervenção, António Monteiro pediu uma justiça forte, autónoma e capaz de agir com base na Constituição e nas demais leis da República.