O anúncio foi feito hoje, na Assembleia Nacional, pelo ministro das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH), Victor Coutinho, durante a apresentação e discussão da proposta de Orçamento de Estado (OE) para o ano económico de 2026.
Segundo o governante, o modelo de habitação social adoptado em São Miguel, Picos e Iraque (em São Vicente) é o mais bem integrado do ponto de vista ambiental, social e cultural em Cabo Verde.
Inspirado na experiência do Bairro Craveiro Lopes, o projecto aposta em soluções sustentáveis e na inclusão das comunidades locais.
“É esse o modelo que temos de adoptar para todos os espaços. É um modelo concebido para resolver de forma estruturada o problema da habitação social”, reforçou.
“Anuncio aqui, graças a esse modelo e graças a todo um ecossistema de habitação desenhado, que inclui um sistema de informação da habitação, um fundo de habitação e um modelo de casa próprio, que receberemos em Cabo Verde a sub-secretária-geral das Nações Unidas, a directora executiva da ONU-Habitat, que visita o nosso país pela primeira vez para ver in loco este modelo e toda a solução que temos para o ecossistema de habitação”, afirmou o ministro.
Victor Coutinho enfatizou que o Governo está actualmente a construir 1.400 casas em todas as ilhas, cujas entregas estão previstas entre Dezembro deste ano e meados de 2026.
“Precisamos deste Orçamento de Estado para criar condições que nos permitam concluir as construções em curso. Este orçamento não serve ao MpD nem ao PAICV, muito menos ao ministro. É para as pessoas”, frisou.
O ministro destacou ainda que o sector das infraestruturas tem, neste momento, mais de 200 quilómetros de estradas em construção, com um investimento global de cerca de 10 milhões de contos.
“Só a estrada Calheta/Tarrafal representa 1,4 milhões de contos, e a Espargos/Santa Maria 1,9 milhões. São obras estruturantes, com impacto directo na mobilidade e no desenvolvimento local”, afirmou.
Em Santiago, Coutinho enumerou projectos como as estradas circulares da Cidade Velha, Santana/Belém/Pico Leão/Tronco e Trindade/Fontes Almeida/Ribeirão Chiqueiro, destacando o seu papel no “desencravamento de zonas agrícolas com grande potencial”.
Outras obras em curso incluem Saltos/Pingo Chuva, Tombatoro/Charco, Fundura/Ribeira da Barca, Espargos/Palmeiras, Juncalinho/Carriçal em São Nicolau, Esparadinha/Palhal na Brava, Calhau em São Vicente e várias intervenções em Santo Antão e Fogo.
“São projectos de grande envergadura, com várias fases e metodologias rigorosas de execução. Cada estrada tem um cronograma técnico que precisa ser seguido para garantir qualidade e durabilidade. Por isso, o OE 2026 é essencial, não apenas para concluir o que já começámos, mas para iniciar novas obras fundamentais em todo o território nacional”, explicou o ministro.
Victor Coutinho revelou ainda que o Governo está em negociações com o Banco Mundial para financiar novas intervenções, incluindo a estrada Salineiro/Lora, Milho Branco/Moia-Moia, Figueiral em Santo Antão, Patim/Cova Figueira no Fogo, vias asfaltadas nos Mosteiros e no norte da Boa Vista.
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