A ideia, segundo a também presidente do PAICV, é fazer um acordo que ultrapasse os interesses partidários e ciclos políticos.
“Todos queremos um Cabo Verde seguro, todos defendemos que os cidadãos possam viver com maior tranquilidade e todos nós estamos cientes de que a estabilidade é um activo estratégico do qual não podemos prescindir em nenhuma circunstância. Se assim é, se estamos de acordo quanto a isso, então tenhamos a coragem de dar o passo seguinte, que é fazer um pacto que ultrapasse interesses partidários, que ultrapasse ciclos políticos, que também são sempre transitórios, e protejamos o nosso país, afirma.
A questão da insegurança que se vive no país, e mais recentemente nas ilhas turísticas, é uma questão que preocupa autoridades e população. Elísio Freire, ministro de Estado, sublinha que a proposta do PAICV é um acto de bom senso que só peca por tardio.
“Fui líder parlamentar durante muitos anos, fiz acordos tranquilos com o líder José Manuel Andrade sobre vários pontos, com o líder Felisberto Vieira sobre vários assuntos importantes e excelentes para o país e ainda bem que agora há essa disponibilidade para se continuar a encontrar um ponto de equilíbrio, para se atingir os objectivos do país”, frisa.
Por seu lado, Rui Figueiredo Soares, líder da bancada da maioria, alerta que a discussão não pode ser feita com as acusações que têm sido dirigidas ao Governo, e que classifica de "graves" e "infundadas".
“[Esta questão] exige que todos os cabo-verdianos, todos os responsáveis políticos, façam a gestão adequada deste importante dossier para o desenvolvimento do país, para a segurança e para a tranquilidade de todos, comenta.
Esta manhã, no parlamento, o Governo reafirmou que Cabo Verde é um país seguro e que o executivo está a trabalhar para combater o que considera serem casos pontuais de criminalidade, sobretudo na ilha do Sal.