«Cabo Verde deve olhar para CEDEAO como o seu espaço natural» - PAICV

PorLourdes Fortes,23 mai 2018 15:05

O PAICV defende que Cabo Verde deve olhar para a CEDEAO como o seu espaço natural. A posição foi expressa hoje, no parlamento, pela líder da bancada parlamentar Janira Hopffer Almada, através de uma declaração politica.

De acordo com Janira Hopffer Almada, o país tem um percurso que pode ser de maior utilidade para a CEDEAO e é preciso saber valoriza-lo.

“E não nos enclausurarmos, fazendo de conta que não é o nosso espaço natural. É nosso firme entendimento que as nossas relações externas devem ser abertas e diversificadas mas também é nossa convicção que as nossas ancoragens devem ser consolidadas numa visão estratégica de desenvolvimento a médio e longo prazos, se queremos lançar-nos em grandes projectos de infra-estruturação económica, na intensificação das trocas comerciais”, diz.

A discussão sobre a integração do país na região da CEDEAO subiu de tom quando, no final do ano passado, Cabo Verde perdeu para a Costa do Marfim a presidência da comissão da organização.

Janira Hopffer Almada sublinha a importância da integração regional e a estruturação daquilo que chama de novas ancoragens.

“É importante que defendamos uma diplomacia actuante, orientada para captação de investimentos. É essencial que promovamos a integração regional e estruturemos novas ancoragens, sem titubear e sem perda de tempo. Somos obrigados a dinamizar a cooperação com outras zonas económicas, nomeadamente as emergentes, visando o acesso a novas modalidades e condições de financiamento do desenvolvimento, das respectivas vantagens comercias e económicas”, refere.

A plena integração em Cabo Verde dos imigrantes da região é outra questão que, segundo a também presidente do PAICV, deve ser trabalhada.

Na mesma linha, a deputada da UCID, Dora Pires, afirma que o partido enaltece o trabalho feito para a integração do país na região mas afirma que ainda há muito por fazer.

“Precisamos todos de esforçar para uma boa integração económica na região da CEDEAO, uma postura mais dinâmica para a integração dos nossos irmãos africanos no nosso país, para que possam sentir em casa e haja uma efectiva integração social, não esquecendo também dos problemas que enfrentam em relação a documentação”, assegura.

Da bancada do MpD, e em defesa do executivo, a deputada Joana Rosa diz que a IX legislatura está virada para África e aponta o dedo à política do anterior governo nesta matéria.

“A actual maioria tem-se dedicado à diplomacia parlamentar, a engrandecer o país e a mostrar que na verdade temos politica virada para a África. Na verdade, havemos de ter um fórum para explicarmos à nação, porque isso só de retórica não chega, tivemos uma governação ao longo dos 15 anos (...). Tudo quanto se dizia a respeito de África resumia-se de, certa forma, não a cooperação Estado-Estado mas a outros níveis”, garante.

Também o ministro de Estado, Elísio Freire, destaca o trabalho feito pelo executivo de Ulisses Correia e Silva para a integração do país na região e valorização da sua posição geoestratégica.

“Nós temos um ministro de integração regional , temos hoje muito melhor relação de proximidade com o continente Africano, no quadro de fomentar ainda mais e de valorizar a nossa posição geoestratégica. O posicionamento de Cabo Verde como um hub ou como uma plataforma só tem sentido, só terá força, se for de facto para unir o mundo, unir os continentes e fazer com que África, América e Europa fiquem cada vez mais próximos”, assegura.

A integração de Cabo Verde na sub-região CEDEAO e no continente africano foi um dos temas que marcaram o arranque da sessão parlamentar de hoje, numa menção ao Dia de Africa que se assinala a 25 de Maio. 

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Autoria:Lourdes Fortes,23 mai 2018 15:05

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  13 fev 2019 23:22

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