​Partidos querem Cabo Verde num outro patamar

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,5 jul 2019 14:33

(Foto do Ministério da Justiça)
(Foto do Ministério da Justiça)

Os partidos políticos com assento parlamentar destacam os ganhos conseguidos com a independência mas defendem que o desafio passa por colocar o país num outro patamar de desenvolvimento, com a adopção de políticas nas mais diversas áreas. Posição expressa hoje, na Assembleia Nacional, durante a sessão solene comemorativa dos 44 anos da independência nacional.

Na sua intervenção, o MpD considerou que, conquistada a independência nacional, assegurada a transição pacífica para um regime democrático, há condições de encarar o desafio fundamental de construir um país próspero, que garanta uma vida mais digna e mais feliz.

Um objectivo que, de acordo com o líder parlamentar da maioria, Rui Figueiredo Soares, passa pela consolidação da democracia.

“Exige de todos, sobretudo dos partidos políticos e dos seus dirigentes, acções, atitudes e comportamentos que sirvam de exemplo a toda a sociedade”, diz.

A par da consolidação da democracia, o parlamentar refere que o objectivo passa por transformar Cabo Verde num país desenvolvido, no qual possam ser adoptadas “políticas realistas” para assegurar mais rendimento às famílias, mais emprego, mais saúde, ensino e educação e mais segurança.

“Não se pode esconder que a execução de tais políticas exige o empreendimento de reformas, que têm custos ponderáveis, mas que não podem ser adiadas, se, como é legítimo, pretendemos alcançar novos patamares de desenvolvimento”, refere.

Para Rui Figueiredo Soares, os resultados a nível de crescimento económico, aliados a “previsões optimistas” de instâncias nacionais e internacionais demonstram que as reformas não podem ser adiadas.

Já o PAICV entende que o dia da independência nacional é de compromisso entre os sujeitos políticos, com o país e com os cabo-verdianos. 

O líder parlamentar do maior partido da oposição, Rui Semedo, refere que o primeiro compromisso deve ser o de, a cada dia, dar mais sentido à independência, com desenvolvimento mais justo, mais inclusivo, mais sustentável, com menos desigualdade, com mais dignidade para cada pessoa e com oportunidades para todos.

“Outro compromisso é o de enfrentar o desafio de garantir que todos e todas as ilhas tenham oportunidades de se desenvolverem, aproveitando todas as suas potencialidades, garantindo o bem-estar para os seus habitantes”, aponta.

“Um outro compromisso está ligado ao desafio de vencer a batalha da educação e dar ao país uma educação que vá para além da alfabetização, ultrapasse uma simples instrução, transcenda à simples aquisição de conhecimento, para transformar numa formação integral do homem”, diz.

A UCID entende que, decorridos 44 anos, não se podem negar as conquistas alcançadas. A deputada do partido, Dora Pires, critica várias políticas governativas que não se reflectem na melhoria da condição de vida das pessoas.

“Vemos e constatamos, aqui e além, arranha-céus de loucura, castelos de areia, exorbitâncias gastas em ninharias, semeando em pó, confiando na chuva que não cai, irresponsabilidade nas opções cozinhadas em ‘penelinhas partidárias’ que acabam por criar situações que atolam o país, não deixando que ele avance para o patamar que o posicionem no almejado nível de desenvolvimento e bem-estar reclamados por todos os cabo-verdianos”, entende.

A UCID defende um desenvolvimento que se traduza em iniciativas empresariais geradoras de emprego e riqueza, integrado e sustentável que liberte o país da pobreza, dependência externa e volumes de endividamento.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,5 jul 2019 14:33

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  1 abr 2020 23:21

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