Artigos sobre Agronegócio
“Gostávamos de diversificar e estamos abertos a todos os sectores, sobretudo os mais estratégicos”, Pedro Barros
A funcionar há pouco mais de um ano, o Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado (FSGIP) já atribuiu garantias a dois projectos que significam cerca de 700 postos de trabalho. O FSGIP, que está efectivamente operacional desde Janeiro de 2023, é um fundo direccionado para os grandes investimentos e dá a possibilidade às empresas comerciais privadas de direito cabo-verdiano de poderem ter acesso ao financiamento junto das entidades financeiras fora do país, actuando por duas vias: a primeira através da emissão de valores mobiliários, nomeadamente as obrigações, podendo ser realizado em Cabo Verde ou fora do país, e a segunda garantir financiamento através do crédito, quer sejam créditos junto da banca nacional ou junto das instituições financeiras externas. O FSGIP arrancou com um capital de 100 milhões de euros – 5% do PIB cabo-verdiano –, mas o Governo prevê, a curto prazo, capitalizar o fundo para um montante de 200 milhões de euros e, a médio prazo, chegar aos 500 milhões de euros. Como consta do preâmbulo da Lei que cria o FSGIP, afasta-se o suporte ao investimento meramente especulativo ao determinar que o Fundo será gerido de forma a nunca ter uma notação inferior a “A” atribuída pelas agências de notação financeira. Ou seja, pretende-se dar uma orientação indirecta às empresas, que ficam assim obrigadas a robustecer a sua organização, a apresentarem indicadores de solidez económico–financeira e a prestarem grande cuidado na avaliação dos seus projectos, tendo em conta a necessidade de lhes garantir a viabilidade económico-financeira num quadro de minimização dos riscos associados. Com um mandato de cinco anos, o presidente do FSGIP, Pedro Barros, falou com o Expresso das Ilhas sobre o presente e o futuro do Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado.
Apoios para o turismo e a economia azul
Banco Mundial aprovou um crédito da Associação Internacional de Desenvolvimento. São 30 milhões de dólares para o Projecto de Desenvolvimento Resiliente do Turismo e Economia Azul em Cabo Verde, com a duração de cinco anos. Haverá ainda um co-financiamento complementar de 5 milhões de dólares através de uma subvenção do Programa Global para o Fundo Fiduciário Multidoadores da Economia Azul.
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