Artigos sobre Língua e Cultura Cabo-verdiana

Amadeu Cruz, Ministro da Educação: “Resultados mostram que estamos no caminho certo, mas temos de ter métricas de comparabilidade”
O arranque do ano lectivo 2025-2026 acontece num contexto de balanço e consolidação. Após oito anos de implementação da reforma curricular, o país prepara-se agora para aplicar, pela primeira vez, a avaliação PISA, numa tentativa de medir a qualidade do ensino cabo-verdiano face aos padrões internacionais da OCDE. "Em matéria da educação, estamos a cumprir", garante o ministro da Educação, destacando resultados promissores e o facto inédito na história de Cabo Verde de ter “manuais do 1.º ao 12.º ano de produção nacional". Enquanto as aulas arrancam em todo o país, o polémico manual de Língua e Cultura Cabo-verdiana (LCCV) continua no centro do debate. Nesta entrevista, realizada antes da suspensão do manual [ver pág. 4], Amadeu Cruz lembra que “a padronização de uma língua envolve sempre alguma polémica” e sublinha a coragem tida pelo ministério em avançar com a introdução da disciplina.

Governo defende carácter experimental do manual de Língua e Cultura Cabo-verdiana do 10.º ano
Na sequência das críticas que consideram um “atentado linguístico”, uma tentativa de “engenharia artificial” e de “criação de uma nova variedade linguística”, o Ministério da Educação esclareceu que o manual da disciplina de Língua e Cultura Cabo-verdiana, introduzida de forma opcional no 10.º ano, tem carácter experimental e visa fomentar a construção de consensos pedagógico-científicos sobre o ensino da língua cabo-verdiana.

“Imposição de uma das variantes é confusão lançada para impedir pessoas de se concentrarem no que importa”
Em entrevista ao Expresso das Ilhas, Eleutério Afonso aborda a questão da padronização da língua cabo-verdiana e explica do que se fala quando se faz referência à sua didactização.
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