Artigos sobre Manual
Constitucionalidade do ALUPEC posta em causa
O recente lançamento do manual de Língua e Cultura Cabo-verdiana, destinado ao ensino secundário, trouxe de volta à discussão pública uma questão central: a constitucionalidade do Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-verdiano (ALUPEC) e a forma como o Estado regula a língua materna. As críticas não se limitam ao conteúdo pedagógico do manual, mas abrangem a legalidade da padronização da escrita do crioulo, envolvendo académicos, juristas e instituições públicas.
Amadeu Cruz, Ministro da Educação: “Resultados mostram que estamos no caminho certo, mas temos de ter métricas de comparabilidade”
O arranque do ano lectivo 2025-2026 acontece num contexto de balanço e consolidação. Após oito anos de implementação da reforma curricular, o país prepara-se agora para aplicar, pela primeira vez, a avaliação PISA, numa tentativa de medir a qualidade do ensino cabo-verdiano face aos padrões internacionais da OCDE. "Em matéria da educação, estamos a cumprir", garante o ministro da Educação, destacando resultados promissores e o facto inédito na história de Cabo Verde de ter “manuais do 1.º ao 12.º ano de produção nacional". Enquanto as aulas arrancam em todo o país, o polémico manual de Língua e Cultura Cabo-verdiana (LCCV) continua no centro do debate. Nesta entrevista, realizada antes da suspensão do manual [ver pág. 4], Amadeu Cruz lembra que “a padronização de uma língua envolve sempre alguma polémica” e sublinha a coragem tida pelo ministério em avançar com a introdução da disciplina.
Melhorar a qualidade do ensino, a prioridade das prioridades
Nesta segunda semana do mês de Setembro arrancou o ano lectivo de 2025/2026 com pronunciamentos muito focados na qualidade do ensino. O ministro da educação anunciou para o ano de 2026 o exercício PISA para avaliar como os alunos cabo-verdianos se comparam com os dos países desenvolvidos nas áreas de leitura, matemática e ciências.
Governo defende carácter experimental do manual de Língua e Cultura Cabo-verdiana do 10.º ano
Na sequência das críticas que consideram um “atentado linguístico”, uma tentativa de “engenharia artificial” e de “criação de uma nova variedade linguística”, o Ministério da Educação esclareceu que o manual da disciplina de Língua e Cultura Cabo-verdiana, introduzida de forma opcional no 10.º ano, tem carácter experimental e visa fomentar a construção de consensos pedagógico-científicos sobre o ensino da língua cabo-verdiana.
Acabar com o confronto entre o crioulo e o português
Controvérsias à volta do ensino da língua cabo-verdiana continuam. A introdução de um manual de língua e cultura cabo-verdiana no 10º tem levantado objecções várias de personalidades e particularmente de alguns membros da equipa de estudiosos que vem trabalhando no projecto de introdução do crioulo no sistema de ensino.
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