Em declarações aos jornalistas, a presidente da rede, Lúcia Passos, afirma que o diploma prevê que, nas listas eleitorais, nenhum dos géneros tenha uma participação inferior a 40%.
"Nenhum dos géneros - poderá ser mulher hoje, porque é o género, que está descriminado, mas amanhã poderá ser homem - tenha uma representação inferior a 40%, é esse o espírito da lei", revela.
"A nossa proposta era que houvesse uma paridade horizontal, para permitir uma melhor representação das mulheres a nível dos partidos políticos nas candidaturas a serem apresentadas, mas isso não foi possível, porque teríamos que negociar com os partidos", acrescenta.
Para Austelino Correia, a Lei de Paridade é um bom modelo.
"Os partidos que não apresentarem ao tribunal uma lista que respeita a paridade, consoante a lei apresentada, serão penalizados, serão notificados para suprirem essas lacunas", explica.
O projecto de lei foi entregue, no início de Março, aos grupos parlamentares do MpD, PAICV e aos deputados da UCID.